As rugas que surgem, misturam-se com as lembranças, com tudo o que vivi, com o que o tempo foi deixando em mim.
As imperfeições não me incomodam mais, pelo menos não da forma tão pungente quanto antes.
Acostumei-me com as marcas da vida, aceitei, redescobri-me e aprendi a amar-me.
Dizem que as mulheres maduras alcançam essa maturidade na autoimagem.
Eu chamo essa maturidade de paz na alma, uma paz que invade os espaços onde permiti, finalmente, o amor próprio florir.
O amor próprio para algumas pessoas, como eu, só mesmo com o passar do tempo torna-se possível.
Sou tudo o que vivi, chorei, amei, venci, perdi, tudo o que doeu, tudo o que me fez feliz.
Sou as marcas, as imperfeições. Não há mais porque me esconder.
Algumas pessoas podem dizer que tudo mudou porque envelheci.
Eu prefiro dizer:
Eu floresci ....
Luciana França 🍂
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