Iniciativa entre instituições parceiras visa a criação de políticas públicas; informações serão de domínio público.
Por Nicolle Januzzi, Terra da Gente
Participe do Censo Brasileiro de Observação de Aves e ajude a coletar dados sobre a atividade — Foto: Divulgação
A observação de aves é uma prática que vem crescendo exponencialmente no mundo e, consequentemente, no Brasil. O interesse das pessoas em estar perto da natureza para flagrar e acompanhar espécies diferentes é um hobby com capacidade de gerar empregos, fomentar a economia do turismo sustentável e conservar a fauna e flora de determinada região.
Pensando no futuro da atividade, um grupo de pesquisadores e amantes das aves resolveu criar um censo com o objetivo de coletar dados sobre a observação de aves no Brasil e sobre possíveis locais onde se possa realizar essa prática.
Prática de observação de aves vem crescendo no Brasil — Foto: Ernani Baraldi
“Acreditamos em políticas públicas criadas a partir de conhecimento rigoroso, por isso é importante a comunidade se mobilizar para levantar os dados da atividade. Conhecimento é sempre fundamental, até porque os resultados do censo ficam disponíveis para uso público, para que análises possam ser feitas e assim possibilitar conhecer melhor a cultura da observação de aves no brasil e suas implicações para a conservação, ciência e turismo”, explica Guto Carvalho, criador do evento AvistarBrasil, responsável pela parte formal do censo.
Desde 2012 dois censos foram feitos, com cerca de duas mil inscrições em cada. “Dessa vez esperamos chegar a quatro mil respostas e daqui para frente o plano é realizar esse censo duas vezes por ano. "Procuramos manter os questionários e as perguntas similares as edições anteriores para ter parâmetros de comparação. Ocorre que a comunidade é muito dinâmica e algumas novas perguntas tiveram que ser adicionadas, assim como novas alternativas em velhas perguntas”, acrescenta.
A 3ª e mais nova edição do Censo Brasileiro de Observação de Aves começa nesta quinta-feira (02/02) e está em fase de coleta de formulários. A divulgação é composta por uma ampla rede de instituições parceiras, como SAVE Brasil, WikiAves, Terra da Gente, Planeta Aves, entre tantos outros.
Pesquisadores também fazem observação das espécies — Foto: Heideger Nascimento/Aves de Noronha
Os resultados parciais do censo de 2023 serão publicados no Avistar2023 de 19 a 21 de maio com o objetivo de avaliar a evolução do ‘birdwatching’ no Brasil. “É Importante destacar que não são coletados dados sensíveis de quem participa do censo, como e-mail, nome completo, RG e CPF. Os dados são anônimos e a privacidade é mantida, já que o objetivo da pesquisa é de traçar o perfil coletivo da prática de observação de aves.”, afirma Guto Carvalho.
Saiba como participar do censo de observação de aves no Brasil — Foto: Divulgação Associação Cairuçu
COMO PARTICIPAR DO 3º CENSO DE OBSERVAÇÃO DE AVES NO BRASIL?
A partir do dia dois de fevereiro até o final de abril dois formulários estão disponíveis para preenchimento.
- Se você é observador ou fotógrafo de aves basta clicar AQUI para acessar o Censo Observadores 2023. O tempo estimado para responder é de 15 minutos
- Se você é gestor ou proprietário de um destino de observação (seja uma pousada, hotel, parque, RPPN, praça, sítio turístico, fazenda et) clique AQUI para acessar o Censo Destinos de Birdwatching. O tempo estimado para responder é de 12 minutos
Dia do Observador de Aves é comemorado em 28/04. — Foto: Terra da Gente
POR QUE PARTICIPAR DO CENSO?
“Pelo prazer de participar de uma iniciativa colaborativa da comunidade dos observadores, com resultados abertos, e com o potencial de influenciar positivamente na elaboração de políticas públicas”, esclarece Guto.
O idealizador acredita que exista uma grande curiosidade em ver as mudanças na observação de aves em decorrência da pandemia e mudança de hábitos.
Além disso, dados das primeiras edições do censo também ajudaram a comunidade científica. “Diversos artigos foram publicados utilizando os dados de censos anteriores e esperamos que outros sejam publicados a partir da nova edição”, finaliza
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