No final dos anos 60, os australianos Bill Mollison, professor de psicologia ambiental da Universidade da Tasmânia, e seu aluno David Holgrem iniciaram uma pesquisa sobre um sistema de agricultura sustentável que servisse como resposta de caráter prático aos sistemas políticos e industriais que, na visão de Mollison, comprometiam o prosseguimento da vida humana e do mundo. A permacultura foi criada com uma proposta ética no cuidado com a Terra e as pessoas, com métodos práticos de como planejar a casa, o sítio e até mesmo as cidades.
Para eles um ambiente só poderia ser considerado sustentável na medida em que fosse reduzida ao máximo a quantidade de insumos necessários ao processo produtivo e também que fossem minimizadas as emissões de resíduos.
Atualmente a necessidade de busca por práticas sustentáveis tornou-se um desafio para as instituições financeiras, para as instituições públicas e até mesmo para os Estados.
O crescimento desordenado das cidades, a falta de saneamento básico, os assentamentos humanos instalados em áreas inapropriadas, os resíduos sólidos dispensados em terrenos sem nenhum tipo de triagem ou reciclagem ocasionaram uma soma de problemas que desacordam com o conceito de desenvolvimento sustentável.
Baseando-se nisso Mollison e Holgrem criaram a permacultura como uma ferramenta eficaz de desenvolvimento sustentável já que a mesma partia do principio que para existir desenvolvimento sustentável são necessárias práticas e tecnologias sustentáveis aptas a prover as necessidades humanas fundamentais: produção alimentar orgânica, construção de moradias com técnicas ecológicas, acesso e utilização consciente da água, emprego de fontes renováveis para geração de energia elétrica, além de saneamento com métodos naturais, reciclagem e reaproveitamento de resíduos.
De acordo a GEN, Global Ecovillage Network, a Rede Global de Ecovilas, em 2009 já havia mais de 15 mil assentamentos humanos, baseados nos princípios da permacultura, cadastrados no mundo todo. Sendo que cada assentamento é constituído de 20 a 3.000 pessoas. No Brasil segundo dados do Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica (IPEMA) de 2009 o país possui 23 comunidades, sítios e casas que seguem esse principio, além disso há nove institutos que ensinam as práticas permaculturais.
DETALHE: O ESTADO NÃO TÊM NADA A VER COM ISSO!
(Trecho do artigo "A importância da Permacultura para o Desenvolvimento Sustentável de Lisa Alves")
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