Hora se não fosse a geração de antigões e velhinhos da EMPAER, nunca teria uma geração de novos nesta empresa.
Voltando a lembrança posso afirmar que o último concurso que aconteceu na EMPAER foi uma luta dos antigões e velhos (velha geração ) que lutaram junto ao governo da época, debruçaram no papel, elaboraram o edital de concurso e batalharam junto ao governo em convencimento para que saísse o concurso e que os concursados tomassem posse.
E assim sempre foi, os velhos abrindo caminhos para os novos, na história da família e da sociedade este processo se repete, eu fiz o concurso na EMPAER no ano de 1983 e fui chamado no ano de 1984 - na época tinha 24 anos era novinho em folha hoje tenho 64 anos, mas ainda me sinto motivado a trabalhar e agora com muita experiências e histórias pra contar. Ao longo dos 60 anos da EMPAER muitos concursos foram realizados trazendo sempre uma nova geração para aprender com a velha guarda.
Daí entra sempre uma nova geração de técnicos fruto do um concurso e dentre eles alguns tem uma visão equivocada de que os velhos e antigos técnicos não acompanham a evolução tecnológica e que são resistentes a mudanças. Posso até concordar que dentre os velhos alguns podem estar nesta situação, mas não é a maioria. O interessante é que no âmbito das motivações e dos resultados a gente encontra muitos novinhos que não estão lá esta coisa quando se fala em eficiência e eficácia, já entraram ou nasceram desmotivados, como dizem os Cuiabanos, VUT! esta nova geração não quer nada com nada, Xá por Qua ! Risos!.
A visão Holística e o olhar do todo que estes velhos tem é graças a sua idade e tempo de trabalho e o que adquiriram na busca de conhecimentos em pesquisas com os recursos disponíveis e esforço de auto capacitação, no que denominamos hoje de capacitação e oo qualificação continuada.
Os novos terão que passar pelo processo que todos os velhos passaram, e digo mais, vão envelhecer trabalhando e terei que renovar cada dia as suas mentes - como aconteceu com os antigões fizeram e que ainda estão fazendo.
Todos os técnicos da EMPAER que estão na ativa ainda passam por desafios de renovações de adaptações e de acompanhar muitas vezes a reinvenção ou seja de estarem realizando algo que já fizeram no passado com outra roupagem e que é apresentado como um novo por uma nova geração.
Nos últimos 40 anos nos anos 80 a tecnologia já estava presente na agricultura. A produção agrícola brasileira cresceu 3,56% ao ano, com um aumento de 1,5% per capita, em 17 culturas, e lá neste passado estavam os que são chamados hoje (no presente ) de velhos resistentes a mudanças, estavam lá numa realidade atual e contribuindo para com o desenvolvimento do agronegócio.
A tecnologia na agricultura tem contribuído para a evolução do setor, permitindo maior produção, eficiência e lucros e neste processo a gente encontra os novos e velhos técnicos trabalhando, os velhos com visão holística e os novos evoluindo no conhecimento na busca desta visão.
A evolução tecnológica contribuiu para a produção e produtividade, eficiência e eficácia na agropecuária.
A primeira grande revolução tecnológica na agricultura no passado foi a introdução de animais para realizar trabalhos pesados, como arar a terra e transportes.
A segunda revolução tecnológica agrícola teve como objetivo aumentar a produtividade e diversificar a produção agrícola e pecuária.
Algumas das principais mudanças adotadas foram: Plantio em larga escala de novos produtos, como o milho, soja, arroz, algodão e outros, Aumento da atividade pecuária, Investimento em pesquisas, como na fertilidade do solo, Produção de fertilizantes, foi marcada também pela descoberta dos adubos químicos, que levaram à crença de que o problema da nutrição das plantas estava resolvido, pelo uso de vegetais transgênicos e animais de altíssimo padrão genéticos.
A discussão sobre os novos e os velhos técnicos deve cai por terra e deve cessar tendo como premissas a importância de se ter técnicos com diferentes conhecimentos no processo de produção agrícola, pois a tecnologia e a inovação são essenciais para aumentar a produtividade e a sustentabilidade do setor e as experiências e à visão holística aliada as contribuições dos novos que vem com as suas expertises nos novos equipamentos tecnológicos somam para o todo e para que a Empaer possa contribuir no desenvolvimento atual da agricultura e pecuária.
Finalizando posso afirmar que o diálogo e os relacionamentos interpessoais podem e devem ser a ferramenta principal para que se possa juntar os novos e velhos técnicos em prol de uma EMPAER melhor reverberando positivamente para beneficiar a Agricultura Familiar de Mato Grosso.
Texto: Geraldo Donizeti Lúcio
Extensionista Rural da EMPAER desde o ano de 1984.
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