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10 de outubro de 2015

Turismo de aventura é opção de lazer para o feriado prolongado


Atividades praticadas na água ganham destaque entre os esportes radicais.

D´LAILA BORGES
Assessoria/Sedec-MT 

Lucas Ninno/Gcom
Turismo de aventura em Nobres
Turismo de aventura em Nobres
Que Mato Grosso é um estado riquíssimo em biodiversidade e em atrativos turísticos todos sabem, mas o que muitos ainda não sabem é que existe um segmento no turismo crescendo muito e que oferece várias opções para agradar os mais diversos tipos de turistas. É o turismo de aventura também conhecido como esporte radical. As modalidades ofertadas em Mato Grosso são muitas, mas em uma coisa todos são unânimes, a preferência é por atividades realizadas na água. E o motivo não poderia ser outro: o clima. 
Portanto nos próximos finais de semana e feriados prolongados as opções vão desde boia-cross, para os menos aventureiros, até o rapel para aqueles que gostam um pouco mais de adrenalina. E tudo isso pertinho da capital.

River SUP - Aproveitando esse calor dos trópicos e a grande diversidade de rios, cachoeiras e lagos, as agências e instrutores têm adaptado alguns esportes à realidade do Estado, como é o caso do river SUP, uma modalidade de stand up paddle em corredeiras de rios. Um esporte que tem ganhado adeptos a cada dia e que pode ser praticado por qualquer pessoa que curta estar em contato com a natureza.

O river SUP consiste em descer o percurso do rio em cima de uma prancha remando. Os rios Claro e Coxipó, a 30 km de Cuiabá, são os locais preferidos para a prática desse esporte. A procura tem sido tanta que a agência Companhia da Aventura tem turmas regulares com dezenas de praticantes saindo todos os sábados e domingos em dois horários. O percurso é de 6 km com duas paradas para descanso e lanche. 

Gcom/MT
Rafting é uma das opções do turismo de aventura em Jaciara
Rafting é uma das opções do turismo de aventura em Jaciara
Conforme o instrutor Gabriel Maluf, para o river SUP ou para qualquer outro esporte de aventura não existe nenhuma contraindicação. “Qualquer um pode praticar. O importante é procurar uma agência, com instrutores capacitados”.

Ducking - O duck (caiaque inflável) é uma embarcação estável e fácil de manobrar. Esse esporte pode ser praticado individualmente ou em dupla e mesmo iniciantes podem conduzir o bote. Há duas opções de roteiros com diferentes graus de dificuldades e belezas naturais. São os rios Coxipó e Claro, sendo o primeiro com grau um e o segundo com grau dois de dificuldade. “O que determina o grau de dificuldade dos rios são as corredeiras. Quanto maior o grau, maior a emoção”, assegura o instrutor e proprietário da agência Tribo do Remo, Lino Bezerra.

Boia-cross - Esse esporte consiste em descer rios em boias individuais com o apoio de um remo. Os rios geralmente têm percursos demarcados e um leve grau de correnteza. Essa atividade é muito praticada em rios do distrito de Bom Jardim, município de Nobres.

Em Bom Jardim destacam-se o Duto do Quebó, uma descida de 1.200 metros, sendo que 280 metros deste percurso são dentro de um túnel repleto de estalactites que brilham como diamantes, o boia-cross do Juca com 2.000 metros de corredeiras e o boia-cross da Estância da Mata, que oferece um percurso de 1.200 metros de extensão com uma parada no meio do caminho para fazer uma tirolesa de 150 metros de comprimento e 80 metros de altura, que finaliza dentro da água. 

Boia-padle - Essa é a versão mais radical do boia-cross, pois é praticada em águas mais turbulentas. As águas ideais para a prática desse esporte são as do rio Claro, em Chapada dos Guimarães. 

José Medeiros/Gcom-MT
Flutuação em Nobres
Flutuação em Nobres
Flutuação - A flutuação, também conhecida como mergulho de superfície, é muito praticada em Bom Jardim em diversas lagoas, e rios de águas límpidas e transparentes, onde se pode nadar ao lado de piraputangas, pacus, dourados, piaus, pacus e arraias. Entre esses locais destacam-se o Aquário Encantado, o Refúgio Água Azul, o Recanto Ecológico Lagoa Azul, o Reino Encantado, os rios Triste e Salobra e o Balneário Estivado.

Rafting - Jaciara é conhecida como a cidade do turismo de aventura ou dos esportes radicais. O rio Tenente Amaral é muito procurado por aventureiros para a prática do rafting. O percurso do rio é bastante complexo, com algumas quedas d`água que chegam a três metros para a descida nos botes infláveis. Este esporte, de acordo com o instrutor Rafael Martins Sonsin, da agência Nativão, também não tem nenhuma contraindicação. “Qualquer pessoa pode praticar, independente da idade”, destaca.

Rapel - Rapel ou cachoeirismo (rapel feito embaixo da cachoeira) pode ser praticado nas cachoeiras das Mulatas, da Usina e da Fumaça, com 28, 25 e 43 metros, respectivamente, também em Jaciara.

Highline - Este é o mais radical dos esportes radicais praticados em Mato Grosso. Uma das modalidades do slackline, que consiste em equilibrar-se em uma fita a poucos centímetros do chão, o highline geralmente é praticado em fitas ancoradas entre rochas, cânions e prédios. Em Jaciara, o local escolhido é o cânion da cachoeira da Fumaça, de aproximadamente 45 metros de altura. Vale lembrar que são usados equipamentos de segurança e que os instrutores são devidamente qualificados. 

Gcom/MT
Rapel em Jaciara
Rapel em Jaciara
Tirolesa - Em Bom Jardim, a tirolesa fica no topo da cachoeira Serra Azul. Após uma subida de 400 degraus para contemplar a bela queda d`água que forma um lindo lago de coloração azulada, onde também se pode nadar ao lado de dezenas de peixes, a segunda opção para quem não quer retornar pelas escadarias é descer sobre as copas das arvores. São 600 metros de pura emoção sobre a floresta.

Trilhas - As trilhas são indicadas para aqueles que gostam de caminhadas e de estar em contato com a natureza. Elas podem ser encontradas em diversos municípios. Uma das mais conhecidas é a das sete cachoeiras, que fica dentro do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães e a do Vale das Perdidas, em Jaciara (140 km da capital), onde tem um sítio arqueológico com pinturas rupestres datadas há mais de três mil anos.

Arvorismo - Também em Chapada dos Guimarães outro esporte bastante praticado é o arvorismo. Esta atividade consiste em atravessar plataformas e passarelas montadas em meio às árvores.

Conforme Gabriel Maluf, que também organiza eventos de esportes de aventura no Estado, ainda existem em Mato Grosso, em uma escala menor, praticantes de paraquedismo, mergulho de cilindro, parapente e paramotor. 
Vale lembrar que a prática de qualquer esporte de aventura requer o emrpego de instrutor habilitado e equipamentos de proteção individual e coletiva.

Infraestrutura
É olhando para todos esses atrativos turísticos e belezas naturais existentes em todas as regiões de Mato Grosso que o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), reformulou e reiniciou este ano 11 obras de infraestrutura turística que estavam paralisadas e iniciou outra no município de Nobres (140 km da capital). São pavimentações de rodovias, troca de pontes de madeira por estruturas de aço e concreto e reurbanização de ruas de municípios turísticos.

A secretaria também tem investido na divulgação do Estado e de seu potencial turístico e na qualificação e treinamento da mão-de-obra do segmento. “Nós estamos trabalhando para transformar o turismo em um dos pilares do desenvolvimento econômico de Mato Grosso. Também vamos trabalhar muito forte o turismo de aventura, que é uma veia pulsante que Mato Grosso tem condições de desenvolver muito mais”, destaca o titular da Sedec Seneri Paludo. 

18 de julho de 2015

Pantanal, MT: o que visitar, o que fazer, quando ir

Bioma reúne centenas de espécies de animais silvestres, aves e plantas.

Hospedagens nas pousadas incluem pensão completa e passeios

Carolina Holland
Do G1 MT
Jacarés são algumas das atrações no turismo ecológico no Pantanal (Foto: Carolina Holland/G1)Jacarés são algumas das atrações no turismo ecológico no Pantanal (Foto: Carolina Holland/G1)O Pantanal em Mato Grosso é propício para o turismo ecológico. O bioma tem 150 mil quilômetros quadrados e se estende por alguns municípios do estado. Três deles, em Barão de Melgaço, Cáceres e Poconé, somam 63 opções de hotéis e pousadas, segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
A alta temporada no Pantanal mato-grossense vai de julho e outubro. Por estar no período da seca, a época facilita a observação da exuberante fauna e flora locais. Entre os animais, estão capivaras, jacarés, macacos, veados, aves e, com (muita) sorte, onça-pintada.
Os valores das hospedagens nesta época do ano ficam em torno de R$ 460 por pessoa. Além da estadia, normalmente estão incluídos a pensão completa - café da manhã, almoço e jantar - e pelo menos um passeio. Entre a baixa e a alta temporada, a diária individual varia entre R$ 210 e R$ 1.075.
Pantanal de MT é habitat de centenas de espécies de aves (Foto: Carolina Holland/G1)Pantanal de MT é habitat de centenas de espécies de aves (Foto: Carolina Holland/G1)

G1 preparou um roteiro de até 5 dias para visitar o Pantanal:
Dia 1
O bioma tem 263 espécies de peixes, 41 de anfíbios, 113 de répteis, 463 de aves e 132 espécies de mamíferos catalogadas. A rodovia Transpantaneira, por si, já guarda surpresas aos visitantes. Não é difícil encontrar diversos animais, como capivaras e jacarés ao longo da via.

Para observar melhor os animais, uma sugestão é fazer um passeio de barco, normalmente oferecido pelos hotéis e pousadas, que dura entre 1h30 e 2 horas. Os visitantes são acompanhados por guias nativos e navegam em pequenas embarcações pelas quais os visitantes percorrem rios ou baías da região. Normalmente são realizados às 8h e às 15h30. No passeio da tarde, é possível ver um belíssimo pôr do sol.
No Sesc Pantanal, em Poconé, uma outra forma de lazer no primeiro dia de visita é contemplar as espécies de borboletas em um espaço que simula o ambiente natural dos animais. Os insetos de diversas cores são criados em cativeiro e convivem em harmonia com as plantas e visitantes. O local é aberto para visitantes que não estão hospedados ali.
Jacaré come peixe entregue na vara por funcionário de pousada (Foto: Carolina Holland/ G1)Jacaré come peixe entregue na vara por funcionário de pousada (Foto: Carolina Holland/ G1)
Dia 2
Os passeios a cavalo, também oferecidos pelos hotéis e pousadas da região, estão entre os preferidos pelos turistas que visitam o Pantanal. A cavalgada dura aproximadamente 2 horas, passando tanto por trilhas em matas fechadas quanto por regiões alagadas.

No mesmo dia, é possível fazer um safári fotográfico. Nesse passeio, que pode ser feito à noite, caminhonetes adaptadas levam os visitantes para ver animais, entre eles tuiuiús, jacarés e capivaras. A observação dura cerca de 2 horas.
Tuiuiú (sobre o tronco), ave-símbolo do Pantanal mato-grossense, e colheireiros  (Foto: Carolina Holland/G1)Tuiuiú (sobre o tronco), ave-símbolo do Pantanal mato-grossense, e colheireiros (Foto: Carolina Holland/G1)
Dia 3
Os hotéis e pousadas da região oferecem uma atividade conhecida como trilha ecológica para observar a fauna e a flora. Esses passeios têm duração de mais ou menos 2 horas e costumam percorrer trechos próximos ao local de hospedagem. Também vale fazer a chamada "focagem noturna", um passeio que dura entre 2 horas e 2h30 durante a noite e é feito em barcos pequenos, que saem em busca de animais. É possível avistar jacarés, capivaras e até mesmo onças.

4º dia
A maior parte dos hotéis e pousadas da região oferece como atividade a pesca de piranha como parte das opções de lazer. Como é carnívora, a isca para fisgar a piranha precisa ser carne - pode ser bovina ou até mesmo pedaços de outros peixes. Há hotéis que fazem dessa pescaria a atração principal, oferecendo mais estrutura para a prática, com pacotes específicos.

5º dia
Se estiver hospedado em Poconé ou Barão de Melgaço, vale a penar dar uma esticada até Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. Visitar cachoeiras como o Véu de Noiva e ver os paredões de rocha compensam as horas de estrada. A cidade e o entorno oferecem diversos restaurantes, assim como lojas, pousadas e hotéis.

Pôr do sol no rio Claro, na Pantanal em Mato Grosso (Foto: Carolina Holland/G1)Pôr do sol no rio Claro, na Pantanal em Mato Grosso (Foto: Carolina Holland/G1)Dicas do G1
Leve protetor solar, óculos, chapéu e repelente. À noite a temperatura costuma cair, principalmente durante o inverno, portanto é recomendável que se leve agasalhos também. Os visitantes devem ainda usar sapato fechado e calça comprida.
Vale experimentar
A culinária pantaneira inclui, entre outras coisas, peixes e carnes. Dois dos pratos típicos servidos na região são a carne-seca com banana verde e a mujica de pintado.

7 de julho de 2015

É preciso sorte e paciência para observar onças de perto em MT; atividade atrai turistas do mundo todo .

 (fotos)


Da Redação - Lucas Bólico
Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

É preciso sorte e paciência para observar onças de perto em MT; atividade atrai turistas do mundo todo  (fotos)
O relógio marcava 09h23 quando o guia que pilotava o barco escancarou o sorriso. Navegávamos pelo Rio Cuiabá, no Porto Jofre, Pantanal Mato-Grossense, há poucos minutos, e uma troca de olhares com condutor de outro barco confirmou o evento mais esperado da viagem, encontramos aquele que vem se tornando o maior atrativos de turistas – principalmente estrangeiros – nos últimos anos para região. A onça pintada.


O guia que confirmou a presença do felino já estava ancorado perto da margem quando chegamos. Trazia três turistas alemães que mal conseguiam conter o entusiasmo de ver tão de perto o terceiro maior felino do mundo. Nos aproximamos e a onça logo foi embora, assim como o barco vizinho, com os alemães extasiados. Tivemos pouco tempo antes que ela entrasse na mata para ensinar uma importante lição para a observação de onças no Pantanal: paciência.

No Porto Jofre, os guias costumam fazer a observação das onças pelo rio. O animal vai para a margem principalmente para caçar e é quando os turistas as veem e fotografam. Nosso guia, Júlio André Monteiro, trabalha no local desde 1988 e começou a levar turistas para ver o maior felino da América onze anos depois de começar a atuar. Ele afirma que é melhor não tentarmos encontrar outro animal. Vamos aguardar ‘nossa’ onça reaparecer. Paciência.


Júlio André Monteiro é guia desde 1988 e começou a trabalhar com observação de onças no final da década de 1990


O motor do barco é desligado e ficamos atentos a qualquer movimento na vegetação. Júlio usa o remo ou religa o motor quando acha necessário. Transitamos nas proximidades de onde ela estava. Antes que uma possível impaciência surgisse, o guia solta mais uma lição sobre o Pantanal. “Aqui o homem tem que esquecer sua arrogância, somos meros espectadores”. E realmente não há muito o que fazer para que ela volte. Hora de exercitar a impotência diante da natureza. “Não uso nem apito ou nada que possa a atrair [a onça] porque isso é algo invasivo. Isso aqui não é caçada, o bem estar do animal vem primeiro”, explica. Nem sempre o turista entende, explica ele. Retomemos a primeira lição: paciência.



Às 9h37 a onça resolve reaparecer. Dessa vez nos dá mais tempo em sua companhia. É uma das maiores da região, segundo Júlio. Caminha, se espreguiça no sol, senta, deita. Boceja e exibe os enormes caninos. Sua presença é imponente. Sua respiração magnetiza. Uma possível briga por território lhe custou o olho direito. Já está na fase adulta, segundo o guia. Após boa sessão de fotos, volta para a mata mais fechada. Mas não estamos satisfeitos. Vamos esperar mais. Paciência.

Dessa vez a onça demora mais tempo para reaparecer. Enquanto isso, Júlio explica que existem cerca de 20 onças na região em que costuma levar seus turistas, pelo Porto Jofre, e cada macho demarca um território de aproximadamente 50 quilômetros. “Aqui é o melhor lugar para se ver onça em toda América”, garante. Mas nem isso pode assegurar uma observação. “Posso dizer que vocês deram muita sorte hoje. Encontramos a onça muito rápido. Para terem uma ideia, ontem ninguém viu nenhuma o dia todo”, conta.

O turismo para a observação do animal tem crescido vertiginosamente na região e movimenta cada vez mais recursos e atrai vários interesses, inclusive de gente de fora. Pessoas têm vindo de outros países com o pretexto de oferecer uma salvação para o animal no local e explorar o turismo. “Aqui só está cheio de onças, e é o lugar mais fácil de se observar uma, porque o pantaneiro cuidou e cuida do local. Isso tem que ficar bem claro para as pessoas”, enfatiza Julio. “É graças ao pantaneiro que o animal ainda vive aqui e pode ser visto”, completa.

E foram os guias que já trabalhavam no local vislumbraram no animal um diferente atrativo para turistas. Alguns começaram a procurá-lo após perceber o interesse de estrangeiros. Paulista, criado em um sítio em Chapada dos Guimarães, Giuliano Bernardon (foto ao lado) tem 37 anos e atua como guia desde 1998. Iniciou suas atividades em Chapada e acabou

 migrando com para o Pantanal. Sempre trabalhou com ave, que continua sendo sua ‘especialidade’. Mas em 2002 teve sua primeira experiência com observação do mamífero quando um fotógrafo alemão o procurou interessado em encontrar a onça pintada.

“Na época eu pesquisei, conversei com guias, até com caçador de onças para saber se era possível achar onça e por coincidência encontrei um pescador que estava com fotos lindas de onça e falou que um morador da beira do rio que sabia onde tinha onça e me mostrou. [Nessa época] o pessoal fazia transpantaneira à noite para ver onça, mas não fotografava tão bem. Então foi isso. Peguei o alemão, andamos por ai e eu vi que a maioria dos piloteiros de barco aqui da região não sabiam procurar ainda. E eu também não sabia. E comecei a entender”, relembra.

Hoje em dia, até o turista que vem procurar as aves acaba também querendo ver a onça. “É fato que a população de onça aumentou consideravelmente nos últimos 20/30 anos. E hoje em dia há uma demanda muito grande. Até os observadores de aves querem ver onça. O que para a gente limita nossa temporada de atuação, até porque ver onças na época de chuva é muito difícil, mas continua muito bom para ver pássaros. Só que os observadores de aves querem ver a onça também, então temos que preparar as visitas para a época da seca. Mas é inegável que o número de ecoturistas no Pantanal Norte aumentou muito por conta da possibilidade de ver onça”, avalia Giuliano.


De volta ao barco


Já nem reparo no relógio na terceira aparição da ‘nossa’ onça. Também já havia esquecido os e-mails que provavelmente lotavam minha caixa postal desde que saímos de Cuiabá, horas antes, naquela madrugada. Nada de telefonemas ou mensagens no whatsapp. É bom esse negocio de exercitar a paciência no Porto Jofre. Vento no rosto, canto de pássaros, barulho do Rio Cuiabá, cheio de vida sustentando o barco. Dessa vez ela desfila por uma distancia maior. Mergulha nas águas que batizam a capital do Estado. Volta para a margem. Júlio afirma que ela parece que querer caçar. Volta a entrar no mato. Pelo barulho, presumimos que pode ter conseguido uma presa. Escondida pela vegetação, não nos deu chance de fotografar esse momento. Não foi dessa vez. Paciência.


No período da tarde, vimos outra onça mais jovem que ficou algumas horas tomando banho de sol. As fotos podem ser conferidas abaixo, na galeria de Rogério Florentino. 

24 de maio de 2015

MARATONA DE MONTANHA

FONTE: Jefferson Severino
O belo cenário da Mata Atlântica, a variedade de trilhas e a diversidade de terrenos da região do Piraí, área rural de Joinville, foram determinantes para atrair uma das etapas nacionais da K21 Series, maior circuito mundial de corridas de montanha. Neste ano, a K21 Series realizará sete etapas no Brasil, sendo que a de Joinville será a única na região Sul. O evento acontecerá no dia 14 de junho, a partir das 9 horas. O local de partida e de chegada da prova será o Vale do Ouro Restaurante e Pousada, propriedade localizada na Estrada do Salto, região do Piraí.
O circuito terá, ao todo, 21 quilômetros, mas os participantes também poderão optar por percursos de cinco ou dez quilômetros. E para prestigiar o evento e representar as tradições de Joinville, a Rainha e Princesas da Festa das Flores estarão presentes, fazendo a entrega de medalhas aos corredores. As inscrições para a etapa da K21 Series, em Joinville, estão abertas e podem ser feitas até o dia 11 de junho, pelo site www.k21series.com/joinville. Outras informações também estão disponíveis no Facebook, na página do evento K 21 Series Joinville. De acordo com os organizadores, a expectativa é que cerca de 400 atletas estejam presentes, vindos de diversas partes do Brasil. Corredores da Bahia, Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina já confirmaram participação.

24 de abril de 2015

No Morro do São Jeronimo em Cuiabá - Mato Grosso

Eu e a Naja na mesa de pedra lascada,
chegando no Morro do São Jerónimo, uma aventura inesquecível,
com alto grau de dificuldade.
MAS QUE VALE A PENA CONFERIR, OU SEJA SUBIR!!!!

18 de abril de 2015

TRILHAS SEM PLANEJAMENTO PODEM CAUSAR IMPACTOS AMBIENTAIS, NAS CAMINHADAS NA NATUREZA

 Trilha com acesso íngreme, dificuldade de se subir, comunidade Quilombola Morro Cortado
 Trilha com acesso íngreme, dificuldade de se  subir, comunidade Quilombola Morro Cortado
Passarela sobre trilha com alto grau de dificuldade para se passar
àrea úmida - Assentamento Rio Vermelho - Rondonópolis
TRILHAS OU CIRCUITOS DE CAMINHADAS NA NATUREZA


Caminhadas em trilhas ou circuitos proporcionam: 

Atividade física, 

Percepção ambiental, 

Contato com a natureza 

E aprendizado,

(Através de sinalizações interpretativas ou informações de guias.)



No entanto, o uso das trilhas pelos visitantes pode provocar alteração e destruição dos habitats da flora e fauna

Fuga de algumas espécies animais;

Erosão; 

Alteração dos canais de drenagem,

Compactação do solo pelo pisoteio

E a redução da regeneração natural de espécies vegetais. 



As perturbações resultantes das atividades em áreas naturais tem sido denominadas genericamente como impactos ecológicos ou ambientais

O termo impacto faz referências às mudanças não desejáveis que acontecem no meio ambiente como conseqüência do uso.


Com base no exposto, o objetivo principal aqui é apresentar os principais impactos ambientais físicos e biológicos observados nas trilhas Além de orientar sobre os impactos, ocorridos ao longo das trilhas. 

Devemos levar em consideração a realidade de cada local: (futura trilha) 

Avaliar o nível de interferência , que as trilhas irão apresentar,

Proceder a caracterização ambiental usando como suporte a observação direta, anotações de campo e fotografias das áreas a serem impactadas;

Levantar os pontos, ao longo das trilhas, georeferenciados por receptor GPS;

Identificar, em cada ponto, impactos físicos e biológicos; 

Trechos com problemas de erosão, alagamento, condições de acessibilidade (média e ruim);

Medir com utilização de trena,

Contabilizar os pontos com problemas, 

Dividir as trilhas em seções,

Os pontos do início ao término marcar com GPS. 

Dentro de cada seções observar os impactos físicos:

Pontos de alagamentos,

Pontos de erosão, 

Áreas com solo exposto, 

Solo compactado, 

Estreitamentos, 

Bifurcações, 

Serras, morros, áreas com subidas ou descidas,

E afundamentos de trilha. 

Dentro de todas as seções observarem também impactos biológicos:

Existência de raízes arbóreas expostas,

Árvores danificadas,

E presença de espécie exótica de gramínea 

A presença de animais silvestres,

Para estimar o tempo gasto no percurso nas trilhas:

Utilizar um cronômetro


IMPORTANTE OBSERVAR QUE:
Os solos e a vegetação são fortemente afetados ao logo das trilhas, caminhos, áreas de acampamento e outros lugares onde o uso é concentrado. 

Os solos sofrem mudanças nas suas propriedades físicas, químicas e biológicas, podendo ser fortemente erodidos ou compactados. 

As plantas sofrem danos nas suas estruturas e/ou morrem, havendo redução na abundância e mudanças na composição da comunidade, com algumas espécies desaparecendo e outras podendo ser favorecidas 

Com o aumento do fluxo de turistas, as atividades desenvolvidas em áreas protegidas requerem planejamento e estudo para o manejo dos visitantes. 

Além disso, é essencial a determinação e o monitoramento dos impactos produzidos pela prática do turismo, bem como a definição de limites de uso. 

É primordial que esteja bem definida a perspectiva de preservação e sustentabilidade focada no turismo, aliando crescimento e minimização de impactos ambientais.

Os impactos ecológicos ou ambientais podem ser classificados em duas categorias:

Os relacionados ao planejamento.

E os relacionados ao visitante. 

Problemas de drenagem e nas vias de acesso (pontes e degraus) mal conservadas 

Erosão, devido ao incorreto planejamento, 

E falta de manejo e manutenção das trilhas. 

A compactação do solo, devido ao pisoteio intenso 

Abertura de novas trilhas,

Erosão pelo desgaste do solo com a caminhada relacionados ao uso pelas pessoas.

Os problemas de erosão podem acontecer em terrenos com pouca ou nenhuma declividade, devido à maior dificuldade na drenagem, provocando também o aumento da largura das trilhas e a criação de trilhas alternativas, devido à tendência das pessoas saírem da trilha principal pela dificuldade ao caminhar.


Conclusão:
É fundamental o papel da pesquisa básica, quantificando e apontando os impactos nos diferentes recursos, fornecendo dados para a seleção de indicadores e padrões adequados de uso recreativo dos recursos naturais e monitoramento da área natural protegida. 

Para tanto, é de primordial importância estabelecer a relação entre impactos do uso público, comportamento dos visitantes e estratégias de manejo. 

Bem como a promoção de uma restauração ecológica de ambientes degradados, de modo a estabelecer a integridade do ecossistema e sua auto-sustentabilidade.
`
Orienta-se procurar profissionais especializados para se definir e traçar trilhas, principalmente em áreas sensíveis.