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2 de novembro de 2015

Proibição para a pesca começa neste domingo em MT


O período de defeso da piracema ocorre entre os dias 1º e 5 de novembro até 26 de fevereiro em razão do fenômeno migratório dos peixes que se deslocam às cabeceiras dos rios para desova. Pescar neste período é crime

FERNANDA NAZÁRIO
Assessoria/ Sema-MT 

Fiscalização/Sema
A fiscalização nos rios já começa neste domingo (01.11), com três equipes da Sema

Inicia neste domingo (01.11) o período de defeso da piracema para a bacia do Araguaia-Tocantins em Mato Grosso. Já nos rios da bacia do Paraguai e Amazonas a proibição começa na próxima quinta-feira (05.10). A pesca será liberada novamente a partir do dia 29 de fevereiro de 2016. Quem desrespeitar a legislação poderá ter o pescado e os equipamentos apreendidos, além de levar multa de R$ 1 mil a R$ 100 mil, com acréscimo de R$ 20 por quilo de peixe encontrado. 

De acordo com o superintendente de Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), major da PM Fagner Augusto Nascimento, três equipes iniciarão ainda no domingo uma operação com objetivo de vistoriar e coibir ações ilegais de pescadores amadores e profissionais durante esse período. As equipes serão enviadas aos municípios de Poconé (a 104 km de Cuiabá), Barão do Melgaço (110,6 km da capital) e Nobres (a 125 km da capital). 

A secretária-executiva do Conselho Estadual da Pesca (Cepesca), Gabriela Priante, orienta que as pessoas respeitem a piracema. Segundo ela, esse é um processo natural que acontece em ciclos anuais e coincide com a estação das chuvas em que os peixes migratórios se deslocam rumo à cabeceira dos rios, em busca de alimentos e condições adequadas para o desenvolvimento das larvas e dos ovos. A desova também pode ocorrer após grandes chuvas, com o aumento do nível da água nos rios, que ficam oxigenadas e turvas. “O período de defeso tem por objetivo possibilitar a renovação dos estoques pesqueiros para os anos seguintes”. 

A resolução que normatiza essa regra foi publicada no Diário Oficial no mês de setembro. Conforme o documento, só será permitida a modalidade de pesca de subsistência, praticada artesanalmente por populações ribeirinhas e/ou tradicionais, como garantia de alimentação familiar. A cota diária por pescador (subsistência) será de 3 kg ou um exemplar de qualquer peso, respeitado os tamanhos mínimos de captura estabelecidos pela legislação para cada espécie. Estão proibidos o transporte e comercialização deste pescado oriundo da subsistência. 

A modalidade pesque e solte ou pesca por amadores também estará proibida. Frigoríficos, peixarias, entrepostos, postos de venda, restaurantes, hotéis, e similares terão até o segundo dia útil após o início da piracema para informar a Sema o tamanho de seus estoques de peixes in natura, resfriados ou congelados, provenientes de águas continentais, excluindo os peixes de água salgada. 

Não há permissão para declaração de estoque de pescado para pessoas físicas, senão para pescadores profissionais e com a apresentação da DPI (Declaração de Pesca Individual) emitida em seu próprio nome. Estão contemplados na resolução para o caso específico peixes vivos nativos da bacia para fins ornamentais ou para uso como isca viva. 

Piracema 

Considerando o ciclo natural de reprodução dos peixes migratórios, foi estabelecido o período de defeso, que tem por objetivo possibilitar a renovação dos estoques pesqueiros para os anos seguintes. Para os infratores pegos desrespeitando o período de defeso da piracema, as penalidades previstas vão desde multa até a detenção estabelecidas na Lei Estadual nº 9.096, de 16 de janeiro de 2009, e na Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, regulamentada pelo Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008, e legislações pertinentes 

Balanço 

De janeiro deste ano até o mês de setembro as equipes de fiscalização da Sema, em parceria com o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), apreenderam 4,6 toneladas de pescado irregular em Mato Grosso. Os municípios que mais se destacam são Santo Antônio do Leverger e São Felix do Araguaia, que juntos totalizam 53,7% desse total. A falta de documentação adequada, a pesca de exemplares fora da medida e o uso de instrumentos proibidos são irregularidades mais comuns. O valor de multas supera R$ 1 milhão. 

A totalização dos dados mostra que foram abordadas e orientadas 4.811 pessoas nesse período, com a vistoria de 1.463 veículos e 328 embarcações, o que resultou em 137 termos de apreensão e 89 autos de infração envolvendo diferentes apetrechos proibidos, como redes (29) e tarrafas (23). Também foram apreendidos 11 barcos, oito motores, sete motos, 34 veículos, 75 varas de pesca, 53 molinetes, 14 canoas e 22 carretilhas, uma caixa térmica, dois freezers e uma geladeira. 

Outros municípios que tiveram ações de apreensão de pescado são: Alta Floresta (173,86 kg), Barão do Melgaço (207,4 kg), Barra do Garças (76,2 kg), Cáceres (119 kg), Nova Ubiratã (13 kg), Sorriso (15 kg), Nova Bandeirantes (252 kg), Poconé (962,5 kg), Rondonópolis (45 kg), Santo Antônio 1.301,2 kg), Paranatinga (17,7 kg), Nobres (11,7 kg), Chapada dos Guimarães (4,4 kg) e Rosário Oeste (227 kg), São Felix do Araguaia (1.186,6 kg) e São José do Rio Claro (60 kg). 

Denúncias 

A pesca depredatória e outros crimes ambientais podem ser denunciadas por meio da Ouvidoria Setorial da Sema: 0800-65-3838; no site da Sema (www.sema.mt.gov.br), por meio de formulário; ou ainda nas unidades regionais do órgão ambiental

27 de outubro de 2015

Cáceres realiza mutirão de limpeza do rio Paraguai No dia 8 de novembro ocorre 27ª edição do Mutirão de Limpeza do Rio Paraguai



" Você que usou o rio Paraguai o ano todo para o seu lazer, pescar o seu peixe e saciar seu prazer? Então, você pode doar um dia de serviço em beneficio do rio. Ele também é seu, pegue seu barco e participe!"

Essa é a chamada que a Prefeitura de Cáceres, juntos com ONGs e Associações, está fazendo para incentivar a comunidade para participar de forma voluntária da 27ª do Mutirão de Limpeza do Rio Paraguai.
O Mutirão organiza uma logística definida em setores, atingindo o rioParaguai , a barra do Sepotuba e o rio Jauru. Na edição anterior foram cobertos 140 km de rio e coletados mais de sete caminhões de lixos.

Para participar basta entrar em contato com Claudionor Correa, coordenador da ação, no telefone (65)9228-4871.


14 de outubro de 2015

CORRIDA DO OURO EM PONTES E LACERDA - MATO GROSSO

MPF cita extração ilegal e pede a retirada de “garimpeiros”

Órgão diz que Departamento Nacional de Produção Mineral não emitiu licença 

Reprodução


A disseminação de fotos e vídeos nas redes sociais tem colaborado para a chegada de pessoas ao município

CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO - Mídia News.

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a retirada das pessoas que ocupam uma área localizada nas serras da Borda e Santa Bárbara, a cerca de 18 quilômetros do município de Pontes e Lacerda (547 km de Cuiabá).

A área foi “invadida” por centenas de pessoas, nas últimas semanas, após a divulgação de que uma grande quantidade de ouro foi encontrada no local.

Em nota encaminhada à imprensa, na tarde desta terça-feira (13), no entanto, o MPF afirmou que a extração que vem sendo desenvolvida no local é ilegal.


Os recursos minerais são bens da União, conforme determina o inciso IX do artigo 20 da Constituição da República. A extração sem a devida autorização do órgão fiscalizador constitui dano ao patrimônio da União

Isto porque, segundo o órgão, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) não emitiu qualquer autorização ou licença para lavra.

“Os recursos minerais são bens da União, conforme determina o inciso IX do artigo 20 da Constituição da República. A extração sem a devida autorização do órgão fiscalizador constitui dano ao patrimônio da União”, diz trecho da nota.

No documento o MPF ainda cita que, na ação protocolada nesta terça, pediu À Justiça Federal que determine, “com o suporte da Polícia Militar, Exército e Polícia Federal, o fim de toda atividade de extração de ouro”.


A disseminação de fotos e vídeos nas redes sociais tem colaborado para a chegada de um maior número de pessoas ao município.



Há o receio, por parte das autoridades, que a “febre do ouro” cause uma onda de violência e desordem no local, como aconteceu na década 80, em Serra Pelada, localizada no estado do Pará.



Monitoramento



O Governo do Estado já se manifestou, também por meio de nota, e disse que a situação está sendo monitorada.



Segundo o Governo, o Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron) está a par da situação, mas, até o momento, não há registro de crime que exija a atuação do Grupo no local.



Confira nota na íntegra:







O Ministério Público Federal pediu a retirada das pessoas que estão no garimpo ilegal em Pontes e Lacerda (MT), na área que em poucos dias ficou conhecida como “Serra Pelada de Mato Grosso”. Na ação protocolada nesta terça-feira (13/10), o MPF também pede que a Justiça Federal determine, com o suporte da Polícia Militar, Exército e Polícia Federal, o fim de toda atividade de extração de ouro.


Há alguns dias, a cidade de Pontes e Lacerda, no Oeste de Mato Grosso, recebeu uma leva de pessoas interessadas no ouro encontrado em uma propriedade a cerca de 10 km da cidade. O interesse foi despertado por divulgações feitas pelas redes sociais.


Para o Ministério Público Federal em Cáceres, a extração de ouro desenvolvida por centenas de pessoas é ilegal, não há autorização ou licença para lavra emitida pelo Departamento Nacional de Produção Mineral.

Os recursos minerais são bens da União, conforme determina o inciso IX do artigo 20 da Constituição da República. A extração sem a devida autorização do órgão fiscalizador constitui dano ao patrimônio da União.



Leia mais sobre o assunto:

10 de outubro de 2015

Secretária apresenta APF Rural e Sicar na Famato


Ana Luiza Peterlini mostrou avanços trazidos pelo Sicar, que já cadastrou 81 mil imóveis rurais em Mato Grosso, a celeridade promovida pela APF Rural e ainda tirou dúvidas de presidentes de sindicatos de várias regiões

 
ROSE DOMINGUES
Assessoria/Sema-MT 
Dois importantes avanços da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) foram apresentados pela titular da pasta, Ana Luiza Peterlini, durante uma palestra com presidentes de sindicatos rurais de todo Mato Grosso, em uma reunião na Federação de Agricultura e Pecuária (Famato), nesta sexta-feira (09). O primeiro deles é a adesão ao Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), cujo balanço até início deste mês apontou 81.696 imóveis inseridos, o equivalente a 55,9 milhões de hectares e 76,31% do total cadastrável, a maior área do país.

O segundo ponto destacado pela secretária foi a criação da Autorização Provisória de Funcionamento de Atividade Rural (APF) que tem como objetivo permitir que os produtores ou possuidores de imóveis rurais continuem com suas atividades no período em que a Sema faz adequações na Licença Ambiental Única (LAU) para atender as mudanças do novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651/2012). “Com isso, os senhores poderão acessar a créditos rurais e ter mais agilidade no atendimento das suas demandas, já que é uma autorização declaratória, gratuita e com solicitação por meio eletrônico, no portal da própria Sema.”

APF e Sicar

Ana Luiza mostrou que os números da APF Rural são animadores. Em menos de dois meses, já que foi lançada no dia 18 de agosto, a Sema já recebeu 1.626 solicitações, das quais 1.225 (ou 75%) estão regulares, 174 em andamento e apenas 227 canceladas. Enquanto isso, de janeiro a julho deste ano, só 105 LAUs tinham sido liberadas para os produtores rurais. E desde 2002, a Sema emitiu um total de 9.127 LAUs, montante baixo se considerar os mais de 81 mil imóveis rurais cadastrados hoje no sistema. “Esse foi o caminho que nós encontramos para continuar cuidando da conservação do nosso território que hoje está 60% preservado e ao mesmo tempo, já que a LAU no formato antigo não conseguia combater o desmatamento ilegal, colaborar com o produtor que precisa desse documento para acessar linhas de créditos.”

Presidentes de sindicatos de vários municípios como Campinápolis, Querência, Alta Floresta, Gaúcha do Norte, Marcelândia, Tabaporã e Diamantino fizeram perguntas sobre as principais dúvidas na implantação do Sicar, entre elas, o que é ou não desmatamento ilegal, celeridade na aprovação de projetos de exploração florestal e de manejo, como e quando será feito o desembargo de propriedades com passivo ambiental, ou ainda em relação aos critérios para obtenção da APF Rural. “Os técnicos da secretaria estão trabalhando na formatação do PRA, que é um programa de regularização ambiental que consiste no terceiro módulo do Sicar. Com ele será possível o produtor fazer o desembargo da sua propriedade mediante um termo de compromisso com a secretaria”, instruiu a secretária.

Zoneamento

Também foi discutida a retomada das discussões sobre o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), criado por lei estadual em abril de 2011, mas suspenso por ordem judicial em fevereiro de 2012. Ana Luiza informou que o trabalho anterior não será perdido, já que os estudos foram realizados, mas que as adequações deverão ser feitas para atender as exigências judiciais e também do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A proposta inclusive é unificar as estratégias de políticas públicas das áreas ambiental e econômica nos nove estados da Amazônia Legal: Mato Grosso, Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, Pará, Maranhão, Tocantins e Roraima.

O presidente da Famato, Rui Prado, disse que assim como na construção da APF Rural, o setor produtivo também integrará as discussões do novo formato da LAU e do zoneamento ecológico. “Nós reconhecemos o empenho da atual gestão em dar celeridade a temas tão importantes e também em estar com diálogo constante com o setor produtivo. Claro que existem divergências, mas que são importantes num processo democrático e transparente.” 
Além da secretária Ana Luiza, do Governo do Estado também participaram da reunião o vice-governador Carlos Henrique Fávaro, que tratou do novo fundo de transporte para ampliar a malha de estradas estaduais pavimentadas em Mato Grosso; e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo, que tratou do vazio sanitário.

28 de agosto de 2015

Servidores participam de curso em gestão ambiental

FERNANDA NAZÁRIO
Assessoria/ Sema-MT

Os servidores de diferentes setores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) começaram esta semana cursos em gestão ambiental do Programa de Qualificação da Gestão Ambiental para municípios do Bioma Amazônia (PQGA). A iniciativa foi possível a partir de uma parceria entre a Sema e o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM). 

Inicialmente, foram disponibilizados cursos de capacitação nas áreas de Cadastro Ambiental Rural (CAR), Introdução à Geotecnologia, Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e Organização do Governo Municipal, com a possiblidade de turmas específicas de servidores. Na Sema, as superintendências de Monitoramento e Regularização Ambiental e de Gestão Florestal foram as que tiveram mais demanda por vagas. A média de duração dos cursos é de 45 dias. 

De acordo com responsável pela Gerência de Parcerias e Apoio da Regularização Ambiental, Silvana Moura Alves, as aulas serão a distância (EAD), a partir da plataforma virtual gratuita Moodle, método de ensino em que os alunos têm mais flexibilidade quanto ao horário e local. “Dá para assistir a aula de qualquer lugar desde que tenha internet, isso facilita muito no aprendizado.” 

Dos nove estados da Amazônia, Mato Grosso é o terceiro maior em área e número de municípios contemplados pelo programa, ao todo são 86, mas por enquanto 60 aderiram. A região norte atualmente possui a maior confirmação, com municípios como Matupá, Guarantã, Terra nova, Itaúba, Nova Santa Helena e Sinop. Segundo Wilson Pereira, ponto focal do PQGA do IBAM, essa parceria com a Sema é importante para ampliar e aperfeiçoar a atuação no estado. “Nosso foco é o fortalecimento da gestão ambiental nos municípios, esperamos que o resultado apareça em breve.” 

Além das capacitações, são oferecidos: orientação técnica jurídica, premiação de boas práticas municipais e encontros com o poder legislativo. “É importante conversar com os vereadores, sensibilizá-los com o tema e compartilhar as práticas legais que os municípios têm”, acrescentou. 

O Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), com o apoio do Fundo Amazônia/BNDES, oferece cursos de capacitação sem custos para servidores públicos, profissionais do terceiro setor e membros de representações da sociedade civil. 

As temáticas envolvem aspectos da gestão ambiental municipal e abrangem questões regionais que impactam o desmatamento, temas locais relacionados à autonomia dos órgãos municipais de meio ambiente, instrumentos de gestão socioambiental e temas emergentes como CAR, licenciamento ambiental, entre outros. 

Para mais informações acesse www.amazonia-ibam.org.br 

Mato Grosso ultrapassa 79 mil imóveis inscritos ao CAR

De outubro do ano passado até agosto deste ano, foram inseridos ao novo sistema pelo menos 36 mil imóveis rurais, a maioria na categoria de pequenos produtores. O total de área cadastrada representa 54,3 milhões de hectares

ROSE DOMINGUES

Assessoria/Sema-MT
Mato Grosso é referência para o país em relação ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), com 79.490 inscrições até o início desta semana, que conforme base de cálculo estadual corresponde a uma área de 54,3 milhões de hectares e representa aproximadamente 70% da área cadastrável do Estado. O Estado também foi o primeiro a rodar o módulo de análise do programa do Governo Federal, e já se prepara para lançar o terceiro módulo do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), que consiste no Programa de Regularização Ambiental (PRA). 


A secretária-adjunta de Gestão Ambiental, Elaine Corsini, explica que o CAR tem por finalidade integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. Isso significa que a partir desses dados o Governo do Estado poderá fazer planejamento territorial, avaliação de passivos e ativos ambientais, definição de áreas prioritárias para conservação ambiental e construção de corredores ecológicos e ações de recomposição de áreas alteradas ou degradadas. 

Do total de cadastros do Estado, a maioria está na faixa de até quatro módulos fiscais: 58.087 imóveis, que se enquadram na categoria de pequenos produtores rurais. Outros 8.475 imóveis estão na faixa de cinco até dez módulos fiscais; e 12.928 imóveis têm mais de 10 módulos fiscais. Os médios produtores estão na faixa de 4 a 15 módulos e os grandes produtores têm mais que 15 módulos fiscais. Conforme a área, a estratificação se divide em cinco faixas. De 0 até 50 hectares (ha) 24.218 imóveis cadastrados; de 50 a 200 ha são 26.212 imóveis; de 200 a 400 ha, 11.257; de 500 a 1.000 ha, 5.928; e maior que 1.000 ha chegam a 11.824. O número de imóveis de assentamento rural de reforma agrária do Incra são 398 imóveis rurais. 

De outubro do ano passado até agosto deste ano, foram inseridos ao novo sistema aproximadamente 36 mil imóveis. Os 10 municípios com maior área cadastrada neste momento são, respectivamente: Paranatinga, Cáceres, Juara, Aripuanã, Brasnorte, São Félix do Araguaia, Cocalinho, Nova Ubiratã, Colniza e Querência, que juntos somam 11,2 milhões de hectares. Até início de agosto, no Brasil, estavam cadastrados 1,7 milhão imóveis, com 233,1 milhões de hectares, dos quais 25% em Mato Grosso. “Já cadastramos uma área corresponde ao tamanho de oito Alemanhas”, informou o diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Raimundo Deusdará. 

Outras informações sobre o CAR você pode obter no portal da Sema: www.sema.mt.gov.br ou no Atendimento Integrado ao Cidadão pelo 0800 641 0111

Sobre o CAR 

É um cadastro eletrônico que deve conter os dados básicos das propriedades rurais. O cadastro é obrigatório a todas as propriedades e posses rurais e os dados informados são declaratórios (como a declaração do Imposto de Renda), de responsabilidade do proprietário ou possuidor rural. Os dados do CAR farão parte do Sicar, que ficará sob a responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente dos Estados, do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama. O intuito do cadastro é a regularização ambiental, e não a regularização fundiária. 

Benefícios do cadastro 

Os produtores que aderirem ao CAR terão a possibilidade de regularização das Áreas de Proteção Permanente (APPs) e/ou Reserva Legal com vegetação natural suprimida ou alterada até 22 de julho de 2008 no imóvel rural, sem autuação por infração administrativa ou crime ambiental. Também haverá suspensão de sanções em função de infrações administrativas por supressão irregular de vegetação nessas áreas cometidas até esta data. Outro ponto importante é na obtenção de crédito agrícola, em todas as suas modalidades, com taxas de juros menores, bem como limites e prazos maiores que o praticado no mercado ou contratação do seguro agrícola em condições melhores que as praticadas no mercado. 

17 de agosto de 2015

Preservação do meio ambiente torna destinos mais competitivos


    No dia do combate à poluição, Ministério do Turismo reforça a importância de ações de sustentabilidade para o desenvolvimento do turismo no país
    Por Carolina Valadares
    Curitiba/Ópera de Arame - Foto: Arquivo/MTur
    Curitiba/Ópera de Arame - Foto: Arquivo/MTur

    O patrimônio natural do país é uma das maiores atrações do turismo brasileiro. Os mais de 7,4 mil Km de litoral brasileiro e o grande número de destinos ecológicos colocam o país como o primeiro do mundo em recursos naturais entre 141 países, de acordo com estudo do Fórum Econômico Mundial. Nesta sexta-feira (14), data em que se comemora o dia do combate à poluição, o Ministério do Turismo reforça suas ações de sustentabilidade e celebra com seus grandes parceiros – viajantes, empresários e trabalhadores do setor - a importância de se preservar um dos principais ativos do setor.

    Curitiba e Foz do Iguaçu são os destinos turísticos brasileiros que mais se destacam nos cuidados e na gestão do meio ambiente, de acordo com estudo de competitividade do Ministério do Turismo. Curitiba é exemplo pela coleta seletiva de materiais recicláveis, pelo código ambiental da cidade e pelo plano municipal de meio ambiente. Já Foz se destaca pelo plano de resíduos sólidos e pela existência de estações de tratamento de água.
    A visitação a locais preservados, como parques nacionais e áreas de conservação, cresce ano após ano no país. O Parque Nacional da Tijuca é o mais visitado do Brasil com três milhões de turistas no ano passado; seguido do de Foz do Iguaçu, com 1,5 milhão; apenas dois dos 69 parques nacionais com potencial para visitação. “Já somos o primeiro lugar em recurso naturais, segundo o Fórum Econômico Mundial, agora precisamos saber preservar o que temos para nos tornarmos cada vez mais competitivos”, diz o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves.
    Como forma de promover o Turismo Sustentável, o Ministério do Turismo em parceria com o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e o Ministério do Meio Ambiente divulga o Passaporte Verde – uma campanha sobre atitudes sustentáveis do turista e dicas de roteiros sustentáveis.
    Outra iniciativa de destaque é o programa internacional de certificação ambiental Bandeira Azul, da Fundação para Educação Ambiental. As praias de Palmas (Governador Celso Ramos, SC), de Ponta de Nossa Senhora do Guadalupe (Salvador, BA), do Remanso (Rio das Ostras, RJ); a Lagoa do Peri (Florianópolis, SC) e a Lagoa do Iriry (Rio das Ostras, RJ) (consideradas praias) são candidatas ao selo. Alguns destinos tentam a renovação do certificado: Praia do Tombo (Guarujá, SP), Prainha (Rio de Janeiro, RJ), Marina Costabella (Angra dos Reis, RJ) e as Marinas Nacionais (Guarujá, SP).
     A sustentabilidade é uma das premissas do Ministério do Turismo. Desde 2004, a pasta desenvolve programas para valorizar e inserir a sustentabilidade no setor. Entre as ações já realizadas estão o Programa Talentos do Brasil Rural, o Viaje Legal, a Produção associada ao turismo (artesanato e turismo de base comunitária, entre outros) e o Programa Turismo Acessível.

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    11 de agosto de 2015

    Presença de animais domésticos continua proibida


    Apesar da liberação da circulação de cães em um shopping da capital, a Sema informa que não há previsão desse tipo de acesso nos parques estaduais, que são unidades de conservação e contam com fauna silvestre que deve ser protegida

    FERNANDA NAZÁRIO
    Assessoria/Sema-MT
    Após ser liberada a entrada de cachorro num shopping center de Cuiabá, muitas pessoas estão se questionando porque elas não podem levar seus cães ou gatos nos parques estaduais de Mato Grosso. Um dos motivos dessa proibição é destacado pelo coordenador de unidades de conservação e áreas protegidas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Alexandre Batistella, é que esses parques são remanescentes do que foi o cerrado dentro da cidade. E neles há um fluxo grande da fauna silvestre, como a presença pássaros, cutias, tamanduás-mirins, répteis e anfíbios. A presença de cães ou gatos oferecem riscos a esses animais. 

    Dentre os riscos destacados por Alexandre estão: a caça dos animais silvestres e a transmissão de zoonoses. Ele acredita que é difícil saber se o proprietário do bicho é consciente. “Não da para controlar se o cão está com todas as vacinas em dias ou se ele está com a focinheira”. Outra preocupação do coordenador é com a sujeira que o animal de estimação pode fazer. “Parte dos usuários dos parques vem para praticar esporte, e ninguém quer pisar no presente de um cachorro, correto?”. 

    A liberação de animais não-silvestres também geraria impacto na manutenção dos parques. Segundo Batistella, a limpeza dos parques Massairo Okamura, Mãe Bonifácia e Zé Bolo Flô tem custo de cerca de R$ 2 milhões por ano. E se o proprietário do animal não for consciente, o Estado teria que contratar mais pessoas só para percorrer os parques para juntar coco dos animais de estimação. “Muitas pessoas comparam os parques de Mato Grosso com o Ibirapuera, de São Paulo. Mas a proposta do parque de São Paulo é diferente, pois foi projetado onde antes havia apenas uma área degradada. Já em Cuiabá, o que era cerrado foi conservado e se transformou em área de conservação”. 

    A restrição de animais domésticos em parques estaduais existe desde 2001, quando foi publicada a Portaria n° 49, da Sema. Para o coordenador, não há possibilidade da decisão ser revogada, tendo em vista que no dia 17 de janeiro deste ano foi publicada uma nova Portaria de nº 15, que trouxe a aprovação do plano de manejo dos parques. Junto dela há um estudo informando os riscos que os parques correm com a presença de animais não-silvestres. 

    Outras informações na Coordenadoria de Unidades de Conservação: (65) 3613-7252/faunaepesca@sema.mt.gov.br

    10 de agosto de 2015

    Em Barra do Garças - MT, Sema reabrirá gradativamente Parque da Serra Azul

    Governador assinará protocolo de intenções, na segunda-feira (10.08), com a prefeitura de Barra do Garças. Objetivo é realizar uma força-tarefa para reabrir atrativos turísticos do parque
    ROSE DOMINGUES

    Assessoria/ Sema-MT
    Depois de quase um ano fechado, o Parque Estadual Serra Azul será gradativamente reaberto pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Na segunda-feira (10.08), o governador Pedro Taques estará em Barra do Garças (a 508 km de Cuiabá) para assinar o protocolo de intenções com Prefeitura Municipal. 


    Também devem assinar o documento representante da Câmara de Vereadores; o presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo da Assembleia Legislativa, deputado estadual Max Russi; a gerente do parque, Cristiane Schnepfleitner; e o promotor da comarca, Marcos Brant, que atuará como mediador das ações que serão realizadas por todos os atores envolvidos nos próximos meses. 

    Conforme o coordenador de Unidades de Conservação da Sema, Alexandre Batistella, uma das primeiras ações será a reabertura da rampa de salto de voo livre, que deverá ocorrer em até dois meses, beneficiando os praticantes do esporte. As demais medidas propostas pelo protocolo ainda não têm data prevista, mas algumas delas já foram realizadas, como a nomeação de um analista de meio ambiente para o cargo de gerente regional do parque e a reativação do conselho consultivo, que teve sua primeira reunião no dia 28 de julho. “Várias reuniões foram realizadas no final de julho para viabilizar parcerias locais que propiciem a reabertura dos atrativos turísticos do parque.” 

    Entre as prioridades do plano de trabalho que o governador assinará estão: reforma e ampliação da guarita principal do parque; elaboração de projetos e execução da adequação da estrada até o mirante do Cristo, do ordenamento do mirante e do centro de visitantes, com compra de equipamentos para sua operacionalização; e da adequação da trilha das cachoeiras. Também são fundamentais a desapropriação do Clube da Maçonaria (que será aberto à população); contratação de empresa especializada para estudo de viabilidade de concessão dos atrativos turísticos; contratação de no mínimo três monitores/guardas de parques e de uma brigada para prevenção e combate a incêndios florestais; e aquisição de um veículo 4x4. 

    Batistella explicou que o parque foi fechado entre o fim de agosto e início de setembro de 2014 em razão de uma ação recomendatória do Ministério Público do Estado (MPE), depois que um incêndio queimou 80% da cobertura vegetal da área. Na época, entendeu-se que a Sema não tinha condições de manter a conservação do parque para uso público, nem para proteção da biodiversidade. Não estava em funcionamento o conselho consultivo, bem como o plano de manejo para o local não estava implantado. 

    Segundo a secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, o plano de trabalho começou a partir de uma relação proativa da Sema junto ao Ministério Público da região, que vem disponibilizando recursos provenientes de compensação de multas para promover ações importantes, como: recuperação da cerca e do portão para o mirante, projeto de reforma da guarita principal e execução do projeto, além da contratação de brigada. “Essa sem dúvida é uma prioridade da atual gestão que estamos conseguindo realizar com apoio da comunidade local. Vai ser gradativo para manter a segurança aos usuários e também manter a proteção ambiental adequada”, esclareceu. 

    Sobre o parque 

    Trata-se de uma unidade de conservação criada a partir da Lei nº 6.439, de 31 de maio de 1994. O Parque Estadual da Serra Azul (Pesa) possuiu 11 mil hectares, fica no município de Barra do Garças e tem a vegetação de Cerrado. Ao todo, Mato Grosso possui 46 unidades de conservação. 

    29 de julho de 2015

    Em Mato Grosso, Quatro secretários participam da 1ª reunião do Pró-Pantanal


    Com uma proposta de desenvolvimento sustentável da região do Pantanal, o Grupo de Trabalho para a elaboração do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Pantanal Mato-grossense (Pró-Pantanal) se reuniu pela primeira vez nesta terça-feira (28), no Palácio Paiaguás.

    Participaram quatro secretários: Paulo Taques (Casa Civil), Ana Luiza Peterlini (Meio Ambiente), Leandro Carvalho (Cultura) e Marcelo Duarte (Infraestrutura e Logística), além do presidente do MT Fomento, Mario Milton Mendes e de representantes de outras secretarias que compõem o dispositivo de trabalho, como Secretarias de Cidades, Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários e Desenvolvimento Econômico. 

    Com a direção do secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, a reunião abordou questões práticas da elaboração do regulamento do programa. 

    Também foram definidos os integrantes das secretarias e outros órgãos da administração pública e de associações civis que contribuirão com os trabalhos e se iniciaram as discussões sobre as diretrizes do grupo de trabalho. 

    “É importante frisar que não se pode falar em turismo no Pantanal sem discutir a questão do saneamento básico em Cuiabá e Várzea Grande, por isso estamos tratando este como um programa integrado de governo”, disse Paulo Taques.

    Para a secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, essa é uma região de extrema importância porque é a maior área úmida do planeta, que abriga uma rica biodiversidade e fornece serviços ambientais essenciais, como o suprimento de água, a estabilização do clima e a conservação do solo.

    Paralelamente a este grupo de trabalho, ela explicou que desde a Semana do Meio Ambiente deste ano já existe um ‘Pacto das Cabeceiras do Pantanal’ firmado entre o Governo do Estado e 25 prefeituras, com 34 desafios principais e várias ações prioritárias para implantação até 2020, como recuperação de áreas degradadas, adequação de estradas rurais e estaduais, saneamento e gestão de resíduos sólidos. “A concentração de esforços neste mesmo propósito é fundamental para que seja possível realmente promover o desenvolvimento sustentável dessa região”.

    Pantanal

    A maior contribuição hídrica do Pantanal fica nas porções altas (cabeceiras) dos rios Paraguai, Sepotuba, Jauru e Cabaçal, que fornecem cerca de 30% das águas que mantêm o pulso de inundação da planície pantaneira. São as cabeceiras que possibilitam a inundação de quase 80% da parte baixa, mantendo os processos ecológicos e a paisagem cênica pantaneira, onde vivem 4,7 mil espécies catalogadas, das quais 3,5 mil plantas, 565 aves, 325 peixes, 159 mamíferos, 98 répteis e 53 anfíbios. Com uma área de 624.320 km2, a bacia do Alto Paraguai se espalha pelo Brasil (62%), Bolívia (20%) e Paraguai (18%). Além de manter o fluxo hidrológico do Pantanal, a bacia oferece abastecimento de água para as cidades da região, onde vivem pelo menos 3 milhões de pessoas (entre os dois estados).

    Grupo de Trabalho 
    Ficou instituído este GT por meio do Decreto nº 111, de 2 de junho de 2015, conforme publicação no Diário Oficial do Estado, com representantes da Sema, Sedec, Seaf, Secid, Secel e coordenação da Casa Civil. As diretrizes terão orientações a partir das legislações em vigor sobre o Pantanal, em especial a Lei Federal nº 12.651/2012 e a Lei Estadual nº 8.830/2008.

    28 de julho de 2015

    Sema apresenta técnicas alternativas para o manejo do solo


    Palestras promovidas pela Educação Ambiental em parceria com outras instituições mostram que há sistemas de produção agrícola mais eficientes e menos agressivos ao meio ambiente e a saúde humana do que o fogo

    FERNANDA NAZÁRIO
    Assessoria/ Sema-MT

    Mesmo considerado uma técnica primitiva, o fogo ainda é muito utilizado para limpar e preparar o solo para o plantio na área rural. O que muitos agricultores não sabem é que essa técnica traz inúmeros problemas para a terra e para a saúde do próprio trabalhador. A fim de propor alternativas ao agricultor, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) apresenta orientações de especialistas sobre novas técnicas de manejo de solo, menos agressivas e mais eficientes para produção agrícola. 

    Segundo o engenheiro agrônomo da área de manejo e conservação do solo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Sinop (Embrapa), Silvio Spera, o fogo é uma ferramenta de trabalho ultrapassada, porque deixa o solo exposto e a vegetação fica mais rala e suscetível à perda de nutrientes importantes, como o nitrogênio e o potássio, que estão armazenados na palha. “No passado a queimada era usada para controlar a erva daninha, mas com os avanços da ciência e da tecnologia esse método não é mais necessário. A própria palha, com pelo menos 90% de cobertura no solo, já controla a erva”. 

    Além de afetar o solo, o fogo também prejudica a qualidade do ar, traz danos ao meio ambiente e à saúde humana. Com objetivo de oferecer alternativas ao uso do fogo, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), disponibiliza por meio do Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) dois técnicos, lotados em Nossa Senhora do Livramento, para orientar os agricultores sobre o uso da leira como método de manejo de solo. 



    A leira é uma preparação do solo com uma máquina que, segundo o extensionista da Empaer Luciênio da Silva, faz a limpeza como se estivesse rastelando o local. “Junte pedaços de toco ou tudo que estiver ao redor, e amontoe de forma parecida com quebra-molas, pois o resultado é ótimo para plantio”, orientou. 

    Dentro do programa do MDA, os técnicos ministram cursos e palestras para famílias que trabalham com agricultura nos assentamentos de Mato Grosso. Há cinco anos Luciênio oferece orientações sobre novos métodos para o manejo do solo. Para ele, a leira propicia boa produtividade e possibilita a manutenção da fertilidade da terra, garantindo assim uma produção sem riscos. 


    Luciênio e mais um técnico atendem 131 famílias de agricultores, dentre elas a família de Laura Ferreira, 38 anos. Ela, seus pais e mais cinco irmãos trabalham há 20 anos com agricultura, hoje eles estão no assentamento Campo Alegre de Baixo (a 18 km de Nossa Senhora do Livramento). Quando iniciaram o plantio, a família Ferreira fazia uso do fogo e Laura lembra que tinha muito medo. “A gente inalava muita fumaça. O solo era infértil, nossa produção era sem qualidade.” Há 15 anos, eles abandonaram a prática da queima e optaram pela leira. “É significante a melhora que tivemos. Nossa produção aumentou. Fora isso, a natureza também agradece”. 



    Além da leira, existe outra opção de manejo apresentada pela Superintendência de Educação Ambiental durante palestras nos municípios: o manejo sustentável do gado, técnica que evita a contaminação do ar pela fumaça. Conforme a superintendente de Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Vânia Montalvão, o manejo é feito a partir da divisão do pasto em pequenas áreas chamadas de “piquetes”, que condicionarão o rebanho a consumir toda a área de pastagem, reduzindo o capim seco que seria queimado para a renovação da pastagem. 

    Outra forma de manejo é o plantio direto, que mantém a palha e os restos vegetais de outras agriculturas na superfície do solo garantindo a cobertura e proteção contra processos erosivos. As técnicas são respaldadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e foram apresentadas pela Sema durante visitas aos municípios participantes do Plano de Ações de Combate a Queimadas e Incêndios Florestais 2015, em atividades desenvolvidas desde abril. 

    Período proibitivo - O período proibitivo para as queimadas em Mato Grosso iniciou no dia 15 de julho e segue até 15 de setembro, podendo ser prorrogado em razão das condições climáticas, conforme Decreto nº 191, publicado no Diário Oficial de Mato Grosso do dia 14 deste mês. Nas áreas rurais, utilizar fogo para limpeza e manejo nas áreas é crime passível de 6 meses a 4 anos de prisão, com autuações que podem variar entre R$ 7,5 mil ou R$ 1 mil (pastagem e agricultura) por hectare. 

    Nas áreas urbanas o uso do fogo para limpeza do quintal é crime o ano inteiro. As denúncias podem ser feitas na ouvidoria da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema): 0800 65 3838, no 193 do Corpo de Bombeiros ou diretamente nas secretarias municipais de Meio Ambiente. 

    Serviço: 
    O agricultor que deseja participar das palestras e conhecer outras maneiras de tratar o solo pode entrar em contato pelos telefones: (65)3351-1222 (em Nossa Senhora do Livramento) ou (65) 3613-1700 (Cuiabá). Medeiros 

    20 de julho de 2015

    Governo planeja implantação do programa Cultivando Água Boa

    Oito secretários de Estado trabalharão conjuntamente nesta segunda-feira (20) para planejar das ações e políticas de utilização consciente da água, em parceria com a empresa Itaipu Binacional

    ROSE DOMINGUES

    Assessoria/Sema-MT
    O Governo de Mato Grosso realizará um workshop de trabalho reunindo oito secretários de Estado nesta segunda-feira (20.07), a partir das 8h, no Hotel Fazenda Mato Grosso, para tratar da implantação do programa ‘Cultivando Água Boa’ (CAB). Reconhecendo a água como um dos maiores bens naturais da humanidade, o objetivo é firmar parceria com a empresa Itaipu Binacional para realização de ações e políticas de utilização consciente da água. Essa mesma iniciativa foi adotada pelo governo de Minas Gerais em 20 de março deste ano. 


    Para a secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, a crise no abastecimento no Estado de São Paulo despertou o país para a necessidade de estratégicas de uso racional e sustentável da água, por isso a água é hoje prioridade no planejamento de Governo. “Nós fizemos uma visita a Foz do Iguaçu no mês de maio para conhecer o programa, tirar dúvidas e verificar quais os exemplos positivos podem ser implantados em Mato Grosso”. 

    Além dos seis secretários que compõem o Grupo de Trabalho constituído para desenvolver as atividades do programa, também participarão do workshop os secretários de Planejamento (Seplan) e do Gabinete de Assuntos Estratégicos (GAE). Consta na programação uma explanação do superintendente do Meio Ambiente da Itaipu Binacional, Jair Kotz, que apresentará o programa CAB e seu modelo de governança aos participantes. Também serão discutidas as realidades das três microbacias hidrográficas prioritárias para implantação e elaborado o texto do decreto do acordo de cooperação técnica com a Itaipu Binacional. 

    Grupo de Trabalho 

    A Portaria Conjunta nº 002/2015 foi publicada na sexta-feira (17) constituindo o Grupo de Trabalho, composta por 23 membros, para elaboração e incorporação, no âmbito do Estado do programa Cultivando Água Boa, que integram as secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema), de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf), de Desenvolvimento Econômico (Sedec), de Educação (Seduc), de Trabalho e Assistência Social (Setas) e do Gabinete de Articulação e Desenvolvimento Regional (GDR). 

    Trabalho conjunto 

    A comitiva de Mato Grosso que realizou visita técnica a Foz do Iguaçu entre 25 e 29 de maio contou com representantes da Sema, Seaf, Seduc, Setas e GDR. Nesse período, foi possível conhecer diversas ações realizadas pela Itaipu Binacional, entre elas: recuperação de micro bacias (hidrográficas), proteção de matas ciliares e de toda a biodiversidade e também como é feita a disseminação de valores e saberes que contribuem para a formação de cidadãos nessa concepção ética do cuidado e do respeito com o meio ambiente. 

    Sobre a Itaipu Binacional 

    É hoje a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta. O programa 'Cultivando Água Boa' é um movimento pela sustentabilidade que visa o cuidado com as águas nos setores de distribuição de energia elétrica. Atuando desde 2003, o movimento desenvolve atualmente 25 programas de cunho socioambiental e 65 ações, além de contar com mais de 2 mil parceiros, entre estes, ONGs, instituições de ensino, cooperativas, associações comunitária e empresas públicas e privadas.

    CONHEÇAM A DOLINA ÁGUA MILAGROSA EM CACERES - MATO GROSSO

    Foto de Geraldo Lúcio.
    Foto de Geraldo Lúcio.
    Foto de Geraldo Lúcio.

    Foto de Geraldo Lúcio.
    Atualmente somente é permitida a entrada de mergulhadores profissionais, com seus equipamentos próprios, mas a intenção dos proprietários é de conseguir o licenciamento ambiental para que os turistas possam fazer também flutuação, abrindo mais uma possibilidade de atividade no empreendimento.
    Vale a pena subir no morro que tem aproximadamente 200 metros de altura e descer uma escada de 165 degraus para ver de perto a obra de arte da natureza, e depois poder comprovar que realmente existe um ser criador, pois naquele lugar a natureza revela a face e as obras das mãos de Deus.
    Ao final, do paredão rochoso lá está ela a lagoa de água extremamente esverdeada ou azul, dependendo do período, como explica dona Aparecida.
    A localidade que recebe o nome de Dolina Água Milagrosa, fica a 22 km de Caceres , pela estrada que vai a Porto Estrela, esta estruturada com: sinalização turística, trilhas, restaurante e hospedagem, para atender os turistas que ali vão em busca de turismo de aventura, trilha e mergulho.
    O empreendimento esta localizado no Roteiro de Turismo Rural de Cáceres denominado Piraputanga, que faz parte da Rota das Águas e tem recebido orientações técnicas da EMPAER, SEDEC- Turismo, SEBRAE, UNEMAT, PREFEITURA, Câmara Municipal e demais parceiros, tendo uma Associação em sua gestão - APROPIRA.


    19 de julho de 2015

    Lideranças de Barra cobram apoio de deputado para reabertura de parque




    Edevilson Arneiro

    Parque da Serra Azul é um dos principais pontos turísticos de Barra do Garças

    A Câmara de Barra do Garças buscou o apoio do presidente da Comissão de Turismo da Assembleia, deputado Max Russi (PSB), para reabrir o Parque Estadual da Serra Azul, lacrado pela secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema) por determinação do Ministério Público.

    Na quinta (16), durante visita à Barra do Garças, o parlamentar se reuniu com o prefeito Roberto Farias e os vereadores Geralmino Neto, o Dr. Neto (PSD), Ailton Biroska (PSD) e Valdei Leite, o Pebinha da Saúde (PSB), que integram uma comissão do Legislativo para contornar a situação.

    Segundo ponto turístico mais visitado de Barra do Garças, depois do Parque das Águas Quentes, a Serra Azul foi interditada em outubro do ano passado para visitação pública e não há previsão para a reabertura. Para impedir o acesso do público, que vinha desrespeitando a determinação, a Sema instalou grade de proteção na escadaria de acesso ao Mirante do Cristo.

    Aproveitando a visita do deputado à cidade, os vereadores cobraram apoio, já que, na visão deles, a situação prejudica o turismo do município, principalmente em julho, quando cerca de 12 mil pessoas passavam parque. “Creio que após essa reunião, vamos conseguir dar encaminhamento na liberação, porque com o impedimento da subida de turistas, afeta o turismo em Barra, Pontal e Aragarças”, disse Dr. Neto, presidente da comissão.

    O deputado Max Russi prometeu apoio, informando que irá levar o caso pessoalmente aos secretários de Meio Ambiente e Turismo para sanar as irregularidades que levaram à interdição. Segundo ele, a reabertura do Parque da Serra Azul passa a ser uma prioridade daqui para frente.

    O secretário estadual de Trabalho e Assistência Social, Valdiney de Arruda, que acompanhou o parlamentar, também prometeu se empenhar para que a Serra Azul volte a ser um ponto de visitação turística. Ambos estiveram no Mirante do Cristo para conhecer o principal ponto de contemplação de Barra do Garças.


    Konrad Felipe/CBG

    Lideranças de Barra do Garças, o secretário de Trabalho Valdiney de Arruda e deputado Max Russi visitaram o Parque Estadual da Serra Azul, fechado desde outubro

    18 de julho de 2015

    Pantanal, MT: o que visitar, o que fazer, quando ir

    Bioma reúne centenas de espécies de animais silvestres, aves e plantas.

    Hospedagens nas pousadas incluem pensão completa e passeios

    Carolina Holland
    Do G1 MT
    Jacarés são algumas das atrações no turismo ecológico no Pantanal (Foto: Carolina Holland/G1)Jacarés são algumas das atrações no turismo ecológico no Pantanal (Foto: Carolina Holland/G1)O Pantanal em Mato Grosso é propício para o turismo ecológico. O bioma tem 150 mil quilômetros quadrados e se estende por alguns municípios do estado. Três deles, em Barão de Melgaço, Cáceres e Poconé, somam 63 opções de hotéis e pousadas, segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
    A alta temporada no Pantanal mato-grossense vai de julho e outubro. Por estar no período da seca, a época facilita a observação da exuberante fauna e flora locais. Entre os animais, estão capivaras, jacarés, macacos, veados, aves e, com (muita) sorte, onça-pintada.
    Os valores das hospedagens nesta época do ano ficam em torno de R$ 460 por pessoa. Além da estadia, normalmente estão incluídos a pensão completa - café da manhã, almoço e jantar - e pelo menos um passeio. Entre a baixa e a alta temporada, a diária individual varia entre R$ 210 e R$ 1.075.
    Pantanal de MT é habitat de centenas de espécies de aves (Foto: Carolina Holland/G1)Pantanal de MT é habitat de centenas de espécies de aves (Foto: Carolina Holland/G1)

    G1 preparou um roteiro de até 5 dias para visitar o Pantanal:
    Dia 1
    O bioma tem 263 espécies de peixes, 41 de anfíbios, 113 de répteis, 463 de aves e 132 espécies de mamíferos catalogadas. A rodovia Transpantaneira, por si, já guarda surpresas aos visitantes. Não é difícil encontrar diversos animais, como capivaras e jacarés ao longo da via.

    Para observar melhor os animais, uma sugestão é fazer um passeio de barco, normalmente oferecido pelos hotéis e pousadas, que dura entre 1h30 e 2 horas. Os visitantes são acompanhados por guias nativos e navegam em pequenas embarcações pelas quais os visitantes percorrem rios ou baías da região. Normalmente são realizados às 8h e às 15h30. No passeio da tarde, é possível ver um belíssimo pôr do sol.
    No Sesc Pantanal, em Poconé, uma outra forma de lazer no primeiro dia de visita é contemplar as espécies de borboletas em um espaço que simula o ambiente natural dos animais. Os insetos de diversas cores são criados em cativeiro e convivem em harmonia com as plantas e visitantes. O local é aberto para visitantes que não estão hospedados ali.
    Jacaré come peixe entregue na vara por funcionário de pousada (Foto: Carolina Holland/ G1)Jacaré come peixe entregue na vara por funcionário de pousada (Foto: Carolina Holland/ G1)
    Dia 2
    Os passeios a cavalo, também oferecidos pelos hotéis e pousadas da região, estão entre os preferidos pelos turistas que visitam o Pantanal. A cavalgada dura aproximadamente 2 horas, passando tanto por trilhas em matas fechadas quanto por regiões alagadas.

    No mesmo dia, é possível fazer um safári fotográfico. Nesse passeio, que pode ser feito à noite, caminhonetes adaptadas levam os visitantes para ver animais, entre eles tuiuiús, jacarés e capivaras. A observação dura cerca de 2 horas.
    Tuiuiú (sobre o tronco), ave-símbolo do Pantanal mato-grossense, e colheireiros  (Foto: Carolina Holland/G1)Tuiuiú (sobre o tronco), ave-símbolo do Pantanal mato-grossense, e colheireiros (Foto: Carolina Holland/G1)
    Dia 3
    Os hotéis e pousadas da região oferecem uma atividade conhecida como trilha ecológica para observar a fauna e a flora. Esses passeios têm duração de mais ou menos 2 horas e costumam percorrer trechos próximos ao local de hospedagem. Também vale fazer a chamada "focagem noturna", um passeio que dura entre 2 horas e 2h30 durante a noite e é feito em barcos pequenos, que saem em busca de animais. É possível avistar jacarés, capivaras e até mesmo onças.

    4º dia
    A maior parte dos hotéis e pousadas da região oferece como atividade a pesca de piranha como parte das opções de lazer. Como é carnívora, a isca para fisgar a piranha precisa ser carne - pode ser bovina ou até mesmo pedaços de outros peixes. Há hotéis que fazem dessa pescaria a atração principal, oferecendo mais estrutura para a prática, com pacotes específicos.

    5º dia
    Se estiver hospedado em Poconé ou Barão de Melgaço, vale a penar dar uma esticada até Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. Visitar cachoeiras como o Véu de Noiva e ver os paredões de rocha compensam as horas de estrada. A cidade e o entorno oferecem diversos restaurantes, assim como lojas, pousadas e hotéis.

    Pôr do sol no rio Claro, na Pantanal em Mato Grosso (Foto: Carolina Holland/G1)Pôr do sol no rio Claro, na Pantanal em Mato Grosso (Foto: Carolina Holland/G1)Dicas do G1
    Leve protetor solar, óculos, chapéu e repelente. À noite a temperatura costuma cair, principalmente durante o inverno, portanto é recomendável que se leve agasalhos também. Os visitantes devem ainda usar sapato fechado e calça comprida.
    Vale experimentar
    A culinária pantaneira inclui, entre outras coisas, peixes e carnes. Dois dos pratos típicos servidos na região são a carne-seca com banana verde e a mujica de pintado.