Geraldo Donizeti Lúcio
Estado de Mato Grosso, pelas suas características naturais, o apresenta excelentes condições para o Desenvolvimento do Turismo nas suas formas segmentadas, diversidade de ecossistema, de bacias hidrográficas e de paisagens, a maior planice alagável do mundo (Pantanal), Amazônia Legal com mata nativa, a pujancia do agronegócio, grande número de assentamentos de agricultores familiar, comunidades tradicionais, ribeirinhos, etnias quilombolas, etnias indígenas, várias praias fluviais disponíveis ao lazer.
O setor do turismo de um modo geral, passa a ser demandado com muito mais viabilidade depois do advento da realização da Copa do Mundo 2014 em que Cuiabá foi uma das sub-sedes que deixou o legado da visibilidade do estado que sofria as suas oscilações, com baixo fluxo de turístas.
Não se pode descatar a crise e o comportamento geral da economia com o desequilíbrio cambial, a desvalorização da moeda nacional principalmente com relação ao dólar, com reflexos direto nos custos das viagens internacionais, este fator que tem propiciado e favorecendo à busca por destinos nacionais.
Devemos considerar que o destino turístico Mato Grosso, se apresenta com oferta de interessantes segmentos e produtos formatados, é o exemplo do ecoturismo, pesca esportiva, rural, aventura, eventos, negócios e praias fluviais fazendo com que aconteça o fluxo interno e movimentndo a economia .
Mato Grosso ainda se debate com questões básicas de infra-estrutura, como a falta de sinalização e a péssima conservação das estradas, violência urbana e problemas de limpeza.
Nos Pólos Turísticos as grandes cidades como, Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças não tem proporcionado um bom índice de satisfação aos turistas regionais, nacionais e estrangeiros, que se deslocam na expectativa de serem bem atendidos , principalmentenos queisitos de segurança, saúde, limpesa, as infra-estruturas e serviços gerais e de turismo são deficitários nos municípios pólos e entorno. Além disso, do ponto de vista do turismo internacional, o estado tem poucos profissionais que falam outros idiomas.
Há possibilidades de exploração do turismo segmentado e formatado como: de eventos e de negócios, rural, desportivo e de aventura, do ecológico ou ecoturismo e muito outros de formas que venha a gerar renda ao estado, as áreas e ecossistemas naturais precisam ser protegidos, sem perder o foco do melhoramento nos capitais sociais e humanos.
Infelizmente as medidas políticas voltadas para essa atividade tais como: construção de novos aeroportos no interior, restauração e conservação do patrimônio histórico, construção de novas estradas ainda são insuficientes.
Quando se fala em políticas públicas para o setor, devemos entender, que este processo faz parte de todo um contexto histórico em que os avanços alcançados pela luta da categoria organizada, não podem serem ignorados. Falo aqui de um estado que a partir da sua divisão no ano de 1975, criou uma estrutura institucional e política denominada Turimat, que com o apoio dos empresários do setor organizados ao londo destes 40 anos fizeram com que o turismo fosse desenvolvido neste estado, sem sombras de dúvidas ao pensar em se estabelecer um marco, ele nos remete a olhar pra o passado e daí podemos ver uma grande alameda em que o turismo mato-grossense caminhou, hora a passos largos e a passos curtos, mas caminhou, e um marco também nos remete ao futuro e para isto, o estado tem atualmente uma Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo - SEDTUR, cuja missão é tornar Mato Grosso um destino turístico consolidado e competitivo no Brasil e no Exterior, cumprindo a gestão das políticas públicas de turismo que propicie o crescimento econômico como gerador de emprego e renda, conciliado com a preservação e a manutenção dos patrimônios ambiental, histórico e cultural, tendo como resultado o desenvolvimento sustentável do turismo no Estado.
O Desenvolvimento do Turismo deve ser analisada sob a ótica das oportunidades e da geração de empregos, renda e de uma nova possibilidade econômica, em que todos aqueles que forem motivados a explorar com todo o seus potenciais, possam ser inseridos no processo. Outras questões que devem ser levadas em conta, dentre todas elas são os efeitos ambientais aliados aos sociais.
Do ponto de vista social, existem questões relativas à exploração do trabalho infantil, ao uso do trabalho temporário – muito comum em regiões onde o turismo depende da estação do ano, e ao turismo sexual, com exploração da prostituição, inclusive de crianças e adolescentes, isto se aplica a determinada regiões do Estado de Mato Grosso, o Ministério do Turismo tem um Programa que trata deste assunto e por ocasião da Copa foi internalizado pelo TRADE que fez uma campanha estadual se tornando uma referência nacional, com a participação ativa da Rede Cemat.
O turismo interno, também chamado e endo turismo por outro lado, acaba ficando restrito a uma pequena parcela da população.
O Estado de Mato Grosso com seus 903.366.192 km, com vazios demográficos na regiçao norte, tem dimensões continentais, diversidades naturais e culturais e elevado potencial turístico, nao proporciona ao mato-grossenses a oportunidade de conhecerem as suas belezas.
A SEDTUR, antenada nesta situação tem apoiado a realização de eventos e até criou atraves do DECRETO Nº 6998, o Campeonato Estadual de Pesca do Estado de Mato Grosso – CEP/MT, considerando o interesse do Estado em incentivar a pesca esportiva; considerando que a atividade da pesca esportiva é uma atividade sustentável, capaz de gerar emprego e renda, principalmente em áreas mais remotas do Estado; considerando a importância da pesca esportiva no desenvolvimento do turismo, do ecoturismo e da educação ambiental; considerando a necessidade de disciplinar a pesca esportiva e a necessidade de se promover o turismo interno e movimentar as regiões turísticas do estado.
Neste mesmo sentido estabeleceu os Circuitos Estaduas das Caminhadas na Natureza, no Estado de Mato Grosso, fazendo parte dos circuitos internacionais oficiais, credenciados pela Anda Brasil e pelo Instituto Regional de Cooperação e Desenvolvimento - IRCOD- Alemanha e a Federação Internacional de Esportes Populares – IVV,objetivando contribuir com diversificação da oferta turística, estruturar os destinos turísticos, ampliar e qualificar o mercado de trabalho e aumentar a taxa de permanência e gasto médio dos turistas para criar renda para os atores envolvidos em especial os proprietários da Agricultura Familiar. Como resultado deste projeto pode-se visualizar também, em médio prazo, a melhoria da distribuição de renda, favorecendo a geração e ampliação de postos de trabalhos no campo, a promoção da inclusão social e a redução das desigualdades regionais, entre outros.
O apoio a outros eventos municipais e regionais, tem sido uma prática na parceria com os deputados estaduais, federais e senadores que destinam emendas parlamentares para realização de diversos eventos todos com justificativas que proporcional o fluxo turístico, promovendo o turismo regional e aquecendo a economia.
Os mato-grossenses estão conhecendo o estado quando se deslocam de um município para o outro motivados por estes eventos, isto movimenta a economia, e quando os eventos ganham uma proporção maior proporcionam o turismo nacional e até internacional, como o exemplo dos Festivais Internacionais de Pesca de Cáceres e de Barra do Brugre e de Inverno de Chapada de Guimarães.
A melhoria das infra-estruturas bem como dos servoços turísticos é um fruto dos reflexos dos fatores da oferta e da demanda, que está relacionado com o comportamento do mercado.
Devemos pensar no turismo para o estado como uma opção econômica, e no âmbito da diversificação da das atividades produtivas, para isto não podemos pensar em uma estrutura mínima de governança, mas sim em uma estrutura que tenha um alinhamento com as políticas públicas do Governo Federal e que possa ter uma representação junto aos Pólos, Regiões e Municípios Turísticos.
Mato Grosso acompanha o Ministério do Turismo no seu Programa Macro de Regionalização do Turismo, onde apresenta - se com um Mapa onde se tem, Quatro Pólos, Quinze Regiões e 89 Municípios Turístico, todo este processo liderado pela SEDTUR, e Fórum Estadual de Turismo.