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10 de outubro de 2015

Secretária apresenta APF Rural e Sicar na Famato


Ana Luiza Peterlini mostrou avanços trazidos pelo Sicar, que já cadastrou 81 mil imóveis rurais em Mato Grosso, a celeridade promovida pela APF Rural e ainda tirou dúvidas de presidentes de sindicatos de várias regiões

 
ROSE DOMINGUES
Assessoria/Sema-MT 
Dois importantes avanços da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) foram apresentados pela titular da pasta, Ana Luiza Peterlini, durante uma palestra com presidentes de sindicatos rurais de todo Mato Grosso, em uma reunião na Federação de Agricultura e Pecuária (Famato), nesta sexta-feira (09). O primeiro deles é a adesão ao Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), cujo balanço até início deste mês apontou 81.696 imóveis inseridos, o equivalente a 55,9 milhões de hectares e 76,31% do total cadastrável, a maior área do país.

O segundo ponto destacado pela secretária foi a criação da Autorização Provisória de Funcionamento de Atividade Rural (APF) que tem como objetivo permitir que os produtores ou possuidores de imóveis rurais continuem com suas atividades no período em que a Sema faz adequações na Licença Ambiental Única (LAU) para atender as mudanças do novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651/2012). “Com isso, os senhores poderão acessar a créditos rurais e ter mais agilidade no atendimento das suas demandas, já que é uma autorização declaratória, gratuita e com solicitação por meio eletrônico, no portal da própria Sema.”

APF e Sicar

Ana Luiza mostrou que os números da APF Rural são animadores. Em menos de dois meses, já que foi lançada no dia 18 de agosto, a Sema já recebeu 1.626 solicitações, das quais 1.225 (ou 75%) estão regulares, 174 em andamento e apenas 227 canceladas. Enquanto isso, de janeiro a julho deste ano, só 105 LAUs tinham sido liberadas para os produtores rurais. E desde 2002, a Sema emitiu um total de 9.127 LAUs, montante baixo se considerar os mais de 81 mil imóveis rurais cadastrados hoje no sistema. “Esse foi o caminho que nós encontramos para continuar cuidando da conservação do nosso território que hoje está 60% preservado e ao mesmo tempo, já que a LAU no formato antigo não conseguia combater o desmatamento ilegal, colaborar com o produtor que precisa desse documento para acessar linhas de créditos.”

Presidentes de sindicatos de vários municípios como Campinápolis, Querência, Alta Floresta, Gaúcha do Norte, Marcelândia, Tabaporã e Diamantino fizeram perguntas sobre as principais dúvidas na implantação do Sicar, entre elas, o que é ou não desmatamento ilegal, celeridade na aprovação de projetos de exploração florestal e de manejo, como e quando será feito o desembargo de propriedades com passivo ambiental, ou ainda em relação aos critérios para obtenção da APF Rural. “Os técnicos da secretaria estão trabalhando na formatação do PRA, que é um programa de regularização ambiental que consiste no terceiro módulo do Sicar. Com ele será possível o produtor fazer o desembargo da sua propriedade mediante um termo de compromisso com a secretaria”, instruiu a secretária.

Zoneamento

Também foi discutida a retomada das discussões sobre o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), criado por lei estadual em abril de 2011, mas suspenso por ordem judicial em fevereiro de 2012. Ana Luiza informou que o trabalho anterior não será perdido, já que os estudos foram realizados, mas que as adequações deverão ser feitas para atender as exigências judiciais e também do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A proposta inclusive é unificar as estratégias de políticas públicas das áreas ambiental e econômica nos nove estados da Amazônia Legal: Mato Grosso, Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, Pará, Maranhão, Tocantins e Roraima.

O presidente da Famato, Rui Prado, disse que assim como na construção da APF Rural, o setor produtivo também integrará as discussões do novo formato da LAU e do zoneamento ecológico. “Nós reconhecemos o empenho da atual gestão em dar celeridade a temas tão importantes e também em estar com diálogo constante com o setor produtivo. Claro que existem divergências, mas que são importantes num processo democrático e transparente.” 
Além da secretária Ana Luiza, do Governo do Estado também participaram da reunião o vice-governador Carlos Henrique Fávaro, que tratou do novo fundo de transporte para ampliar a malha de estradas estaduais pavimentadas em Mato Grosso; e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo, que tratou do vazio sanitário.

30 de junho de 2014

O Rally Da Safra Inicia Avaliação De Milho Safrinha


O Rally da Safra 2014, principal expedição técnica brasileira de avaliação das lavouras de soja e milho, volta a campo a partir de amanhã, 27 de maio, até 8 de junho, quando as Equipes 7 e 8 avaliarão o milho safrinha nos estados do Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. Os dados irão complementar informações já levantadas na etapa anterior. 

Segundo a estimativa da Agroconsult, organizadora do Rally da Safra, a área plantada de milho safrinha deverá atingir 8,7 milhões de hectares – uma redução de 5,4% sobre a previsão inicial de 9,2 milhões de hectares. A produção é estimada em 42,1 milhões de toneladas, volume 10,2% inferior à safra passada. Os números, que integram o levantamento feito pela Equipe 1 da expedição e o acompanhamento quinzenal de todas as áreas produtoras no Brasil, refletem o excesso de chuvas no Mato Grosso, que prejudicou a colheita da soja tardia e o plantio de milho safrinha, com cerca de 30% da área plantada fora do calendário ideal. 

A safrinha também apresenta, como agravante, a redução de investimento em tecnologia, já que os produtores não apenas adquiriram sementes mais baratas como também diminuíram o uso de fertilizantes, em relação aos dois últimos anos. “A decisão ocorreu em razão da queda no mercado dos preços do milho. Porém, agora os valores estão muito bons, o que surpreendeu os produtores”, explica Fabio Meneghin, sócio-analista da Agroconsult e coordenador da Equipe 7. 

O menor volume de chuvas em maio no Mato Grosso, somada à redução na tecnologia empregada na safrinha em todas as regiões, será responsável pela queda na produtividade desta safra, conforme Meneghin. Já o ataque de pragas será observado pelas equipes do Rally da Safra diretamente no campo. 

A rotina diária das equipes técnicas do Rally da Safra consiste em percorrer três rotas distintas, com visitas e entrevistas de produtores e avaliação de lavouras. Sinop/MT é a cidade escolhida para a largada da Equipe 7 nesta terça-feira, dia 27. A equipe dedicada à avaliação de lavouras de milho safrinha percorrerá polos de produção como Sinop, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sapezal, Cuiabá e Rondonópolis, todos no Mato Grosso. Depois os técnicos seguem para Mineiros e Rio Verde, em Goiás. 

Com a Equipe 8, o Rally percorrerá, na sequencia, as lavouras nas regiões de Campo Grande e Dourados no Mato Grosso do Sul e, no Paraná, as cidades de Guaíra, Cascavel e Londrina. 

Evento 
A Equipe 7 realizará amanhã, dia 27 de maio, palestra sobre o mercado de soja e milho, destinada a produtores rurais em Lucas do Rio Verde, com Fabio Meneghin, coordenador da Equipe 7. 

Roteiro 
O Rally da Safra percorreu, nesta edição, 65 mil quilômetros nos principais pólos de produção de soja e milho. As regiões visitadas representam 97% da área cultivada de soja e 73% da área com milho no País. Os técnicos contataram cerca de 2200 produtores, dos quais 700 foram entrevistados, o que representa o universo de 1 a cada 200 produtores brasileiros de soja e milho contatados pelo Rally. 

Nesta edição do Rally da Safra, três equipes avaliaram o milho – a Equipe 1 esteve em campo entre os dias 15 e 24 de janeiro nos estados do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Goiás verificando a safra de milho verão. As Equipes 2 e 3 avaliaram áreas de soja precoce entre os dias 20 de janeiro e 02 de fevereiro, passando por Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e Mato Grosso. A Equipe 4 visitou lavouras de soja no Mato Grosso e Goiás entre 18 e 24 de fevereiro. Já os técnicos das Equipes 5 e 6 percorrerão lavouras até o dia 17 de março no Sul do Brasil e no MAPITOBA. 

Organizado pela Agroconsult, o Rally da Safra 2014 chega à 11ª edição patrocinado pelo Banco do Brasil – Governo Federal, Bayer, Heringer, Monsanto, Vale e Mitsubishi, com apoio da FIESP, Aprosoja Brasil, Fundação Agrisus, Impar Consultoria no Agronegócio, BM&FBovespa, Pacifil, Universidade Federal de Viçosa e Esalq-Log. Famasul e Aprosoja-MT darão apoios regionais no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, respectivamente. 

O trabalho das equipes e o roteiro completo da expedição poderão ser acompanhados pelo site www.rallydasafra.com.br, com informações atualizadas diariamente no www.twitter.com/RallydaSafra e www.facebook.com.br/RallydaSafra 

Palestra Rally da Safra 2014 – com Fabio Meneghin 
Data: terça-feira, 27 de maio de 2014, às 19h
Local: Hotel Odara Lucas - Av. Universitária nº 408 - W - Parque das Emas - Lucas do Rio Verde - MT

Fonte: MT Agora - Assessoria