8 de novembro de 2024

Sesc-MT divulga edital para seleção e formação de cadastro de reserva de expositores da Feira do Arsenal

 

As inscrições deverão ser feitas do dia 8 a 20 de novembro, de forma on-line 

Venha fazer parte da Feira do Arsenal, promovido pelo Sesc-MT, para fomentar o comércio de produtos oriundos da agricultura familiar da nossa região. O Edital 2025 para seleção e formação de cadastro de reserva de expositores da Feira do Sesc Arsenal já está aberto. 

As inscrições começam dia 8, sexta-feira, e vão até o dia 20 de novembro de 2024. Os interessados devem se inscrever de forma on-line através dos links abaixo:   

Artesanato e Economia Criativa: https://bit.ly/4fiWBGW 

 Culinária: https://bit.ly/3CeXm5c

Confira abaixo o edital completo: 


Tocar ! isto mesmo meu irmão se Toque e se Previna !


 

Se ligue no Toque meu irmão ! - Previna-se !


 

O que é Agricultura Familiar - referências da EMPRAPA do Brasil



No Brasil, a agricultura familiar ocupa uma extensão de área de 80,9 milhões de hectares, o que representa 23% da área total dos estabelecimentos agropecuários brasileiros. O levantamento do Censo Agropecuário de 2017, realizado em mais de 5 milhões de propriedades rurais de todo o Brasil, aponta que 77% dos estabelecimentos agrícolas do País foram classificados como de agricultura familiar. Ainda segundo as estatísticas, a agricultura familiar empregava mais de 10 milhões de pessoas em setembro de 2017, o que corresponde a 67% do total de pessoas ocupadas na agropecuária, sendo responsável pela renda de 40% da população economicamente ativa.

O setor se destaca como produtor de alimentos, em especial pela produção de milho, mandioca, pecuária leiteira, gado de corte, ovinos, caprinos, olerícolas, feijão, cana, arroz, suínos, aves, café, trigo, mamona, fruticulturas e hortaliças. Nas culturas permanentes, o segmento responde por 48% do valor da produção de café e banana; nas culturas temporárias, por 80% do valor de produção da mandioca, 69% do abacaxi e 42% da produção do feijão, entre outras. De acordo com o Censo Agropecuário citado, a agricultura familiar é a base da economia de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes.

A Política Nacional de Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais - Lei n° 11.326, de 24 de julho de 2006, conhecida como a Lei da Agricultura Familiar, define como agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos: i) não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; ii) utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; iii) tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento; iv) dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. São considerados agricultores familiares os pequenos produtores rurais, povos e comunidades tradicionais, assentados da reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores. 

A agricultura familiar está presente em todos os biomas do País e se caracteriza por uma grande diversidade de organização e resiliência em cada um dos cinco biomas brasileiros, garantindo a segurança alimentar e nutricional da população. A forma de gestão das propriedades familiares, utilizando insumos da própria propriedade ou das redondezas, mão de obra própria, tendência a multiplicar materiais genéticos locais e participação em circuitos curtos de comercialização, as aproxima dos princípios agroecológicos (Altieri, 1998). Outra vinculação por afinidade que a agricultura familiar tem é com a produção de serviços ecossistêmicos, tais como: produção de água, manutenção de espécies de polinizadores, incremento e manutenção da fertilidade do solo, controle e redução da erosão, aumento da biodiversidade intra e interespecífica nos cultivos (Mattos, 2011; Toledo, 1985). Essas características abrem possibilidades interessantes de acessar linhas de financiamento específicas e adquirir adicionais competitivos com selos de qualidade (de origem, gourmet, orgânico, ecológico), que vêm sendo cada vez mais utilizados e mostrando-se com grande potencial de beneficiar os agricultores familiares.

Reconhecimento internacional

Em 2019, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou a Década da Agricultura Familiar, que está sendo implementada pela FAO e pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), com a finalidade de fortalecer a agricultura familiar por meio da criação de políticas públicas que englobem questões econômicas, sociais e ambientais. 

A multifuncionalidade da agricultura familiar tem sido cada vez mais reconhecida internacionalmente em função de sua importância não apenas na produção de alimentos, mas pela função essencial de gerar emprego e renda a partir de seus sistemas agrícolas diversificados. Isso garante a segurança alimentar, bem como protege a agrobiodiversidade e os ecossistemas, colaborando assim, para minimizar os riscos decorrentes da degradação ambiental e do aquecimento global.

Atuação da Embrapa

O Brasil tem sido reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) pela implantação de relevantes políticas públicas que apoiam a agricultura familiar como o Programa Nacional de Agricultura Familiar, lançado em 1996 e a Política Nacional de Agricultura Familiar em 2006, a qual se seguiram inúmeras políticas de sustentação, ampliação e fortalecimento do setor. 

A Embrapa responde às demandas do Governo e da sociedade civil relacionadas à agricultura por meio de pesquisas, inovação e transferência de tecnologia e apoio à elaboração e implementação de políticas públicas.  Anualmente apresenta o seu Balanço Social, que tem por objetivo divulgar para a sociedade brasileira o resultado dos principais impactos positivos causados pelas tecnologias geradas pela Empresa e transferidas à sociedade, bem como os benefícios sociais advindos dos conhecimentos gerados pela Instituição.

A geração do conhecimento e a promoção de inovações é realizada por meio de portfólios de pesquisa, organizados por temas. Em relação à agricultura familiar, destacam-se os portfólios de Inovação Social na Agropecuária e de Sistemas de Produção de Base Ecológica. O primeiro objetiva buscar soluções para problemas sociais e ambientais dentro de um contexto da multifuncionalidade e do desenvolvimento territorial. Já o segundo portfólio tem foco na ampliação da sustentabilidade econômica e ecológica da agricultura, por meio do uso racional dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis, contribuindo para a melhoria da saúde de produtores e consumidores.

Como fruto desses projetos de pesquisa são geradas soluções adequadas para a agricultura familiar, entre elas as chamadas tecnologias sociais, que são caracterizadas como tecnologias de baixo custo e que contribuem para a transformação social, seguindo princípios como o protagonismo social, cuidado ambiental, respeito cultural, solidariedade econômica e autogestão. Essas tecnologias, de caráter social, pretendem contribuir significativamente com a inclusão socioprodutiva de agricultores familiares. Como reconhecimento pelos resultados alcançados com a adoção delas, várias das tecnologias sociais da Embrapa foram premiadas pela Fundação Banco do Brasil. 

Dentre as principais contribuições recentes da Empresa para o desenvolvimento rural e da agricultura familiar, destacam-se as tecnologias e os serviços gerados que contribuíram significativamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com destaque para os ODS relacionados à erradicação da pobreza, da fome, das desigualdades e produção e consumo sustentável. 

A Empresa disponibiliza ainda uma diversidade de publicações, programas de rádio e de TV relacionados ao tema da agricultura familiar. Dentre elas, estão as coleções 500 Perguntas e 500 Respostas; Coleção Plantar; e Coleção Agroindústria Familiar, que podem ser acessadas na Biblioteca do Portal Embrapa.

Em relação às políticas públicas, a maior parte dos programas e planos relacionados com a agricultura familiar, coordenados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e, em especial, pela Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SEAF/Mapa), apresentam interações com as atividades da Embrapa voltadas a atender a inclusão socioprodutiva dos agricultores familiares. Na temática de segurança alimentar e alimentos seguros, a Embrapa responde a desafios de diversos Ministérios e programas de governo. Entre estes, destacamos o Ministério da Cidadania, com a gestão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), um dos principais instrumentos de compras públicas, com um volume de demanda com mais de 45 milhões de refeições/dia que possibilitam o acesso a mercados pela agricultura familiar.

Resumo de opções em áreas de atuação na agricultura familiar e tendências do empreendedorismo rural

Produção orgânica : Essa área consiste no cultivo de alimentos sem o uso de agrotóxicos ou fertilizantes químicos. ...
  • Agroindústria: Nesse caso, a ideia é transformar produtos agrícolas em itens de maior valor agregado, como transformar leite em queijo ou frutas em geleias. ...
  • Turismo rural ...
  • Agroecologia ...
  • Produção artesanal ...

7 de novembro de 2024

Wilson diz já ter apoio de 12 deputados para derrubar a proibição da pesca


Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O deputado estadual Wilson Santos (PSD) disse nesta quinta-feira, 31 de outubro, que já conta com o apoio de 12 deputados para aprovar o projeto que derruba a Lei do Transporte Zero. O texto que tramita na Assembleia Legislativa é um substitutivo integral apresentado por Wilson em um projeto proposto por deputados bolsonaristas durante o período eleitoral.

Na sessão do último dia 24 de outubro, os deputados estaduais debateram o projeto de lei 1.669/2024, proposto por aliados do prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL). Inicialmente, foi divulgado que o texto serviria para anular a Lei do Transporte Zero. Porém, uma análise aprofundada do projeto apontou que ele acabaria apenas com a lei que permitiu a pesca de 12 espécies, resultando na proibição total da pesca nos rios de Mato Grosso.

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Wilson contou que a Comissão Especial do Observatório da Pesca, em sua primeira reunião, ouviu vários empresários do setor de comércio de artigos para pesca e do setor hoteleiro, além de representantes de comunidades de pescadores. Na reunião realizada na última quarta, 30, os empresários relataram várias dificuldades após o início da vigência do Transporte Zero.

"Tivemos uma reunião do Observatório da Pesca [.....], e por 3h ouvimos os setores envolvidos. E na segunda quinzena ouviremos o seguimento da pesca, quem sabe a Confederação Nacional da Pesca, a Sema, o governador Mauro Mendes (União) e outros. E com relação ao projeto apresentado pelos deputados Faissal Calil, Gilberto Catanni e Sebastião Rezende, ainda está tramitando com substituitivo de pauta, porque do jeito que apresentaram piorava a situação do pescador, porque anulando esta [lei] valeria a anterior proibindo 100% do transporte. Não creio que foi maldoso a atitude deles, mas agora vamos anular as duas leis para que volte o status anterior e devolva o direito do pescador profissional de exercer a profissão dele", comentou o parlamentar.

 

VEJA VÍDEO:


Hidrelétricas e monoculturas ameaçam de extinção primatas amazônicos em Mato Grosso

 


Impactos desses empreendimentos geram consequências biológicas, sociais e culturais irreparáveis para diversas espécies. 

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Hidrelétricas e monoculturas ameaçam de extinção primatas amazônicos em MT (Fotos: ICMBio)

O desmatamento crescente na região amazônica, impulsionado principalmente pela expansão de monoculturas e da pecuária, pela ampliação da malha rodoviária e pela instalação de hidrelétricas, é considerado uma das principais ameaças aos primatas em risco de extinção em Mato Grosso. É o que revela o Plano de Ação Nacional para a Conservação (PAN) dos Primatas Amazônicos, elaborado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Conforme explica o documento, os impactos desses empreendimentos geram consequências biológicas, sociais e culturais irreparáveis para diversas espécies. “Os impactos decorrentes da migração de trabalhadores e de pessoas em busca de oportunidades acabam por aumentar significativamente a população local, a expansão urbana desordenada, a exploração dos recursos naturais e, consequentemente, a caça”, afirmam os pesquisadores.

Coatá-da-testa-branca (Foto: ICMBio / Juliana Gonçalves)

O primeiro ciclo do plano, que esteve em vigor até o ano passado, apontou que quatro espécies de primatas estão seriamente ameaçadas em Mato Grosso. De acordo com o PAN, que tem como objetivo reduzir ou mitigar as ameaças à fauna em risco de extinção, o coatá-de-testa-branca, também conhecido como macaco-aranha, está em uma das situações mais críticas. No estado, essa espécie, que corre um risco muito alto de extinção na natureza, pode ser encontrada no Parque Estadual do Cristalino.

Segundo o ICMBio, a espécie sofreu um declínio populacional de pelo menos 50% ao longo de 45 anos. Sua área de ocorrência coincide com a região conhecida como arco do desmatamento, considerada por ambientalistas como crítica na Amazônia, onde a floresta sofre intensa pressão de desmatamento, principalmente devido à pecuária e à monocultura de soja. O “arco” abrange áreas que vão do norte do Maranhão até o Acre, passando por Mato Grosso, Rondônia e sul do Pará.

Macaco-barrigudo (Foto: Renata Azevedo)

Além do coatá-de-testa-branca, o PAN destaca outra espécie de primata em grande perigo no estado: o macaco-barrigudo, cuja primeira catalogação foi em 1812. O ICMBio suspeita que a espécie vem sofrendo uma redução populacional de pelo menos 30% em três gerações, cerca de 45 anos. “Essa redução tem ocorrido em decorrência da intensa caça, inclusive em Terras Indígenas”, aponta o órgão.

Há ainda outras duas espécies ameaçadas, embora em situações menos graves. Entre elas está o guariba-de-mãos-ruivas, classificado como “vulnerável”, ou seja, com elevado risco de extinção na natureza em um futuro próximo, caso as condições que ameaçam sua sobrevivência e reprodução não melhorem.

Em Mato Grosso, essa espécie tem registro de ocorrência na RPPN Lote Cristalino, no município de Alta Floresta (a 790 km de Cuiabá). Ela foi considerada vulnerável à extinção pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (2008) e pela Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção (2014). Na mesma situação encontra-se também o macaco-aranha-da-cara-preta.

Guariba-das-mãos-ruivas e macaco-aranha-da-cara-preta (Fotos: Ricardo Soares e Renata Azevedo)

Execução do PAN

Realizado entre 2017 e 2023, o primeiro ciclo do PAN dos Primatas Amazônicos não alcançou todas as metas traçadas. Pesquisadores envolvidos no projeto apontam que o período foi marcado por um cenário desfavorável para o meio ambiente, com políticas públicas que não priorizaram a Amazônia. Entre os fatores que limitaram o sucesso do PAN estão a redução da representatividade ambiental no Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a paralisação na criação de Unidades de Conservação (UCs), a falta de renovação de recursos humanos e cortes em bolsas e financiamentos para projetos.

Além disso, a desmobilização social das comunidades amazônicas e o aumento da pressão sobre os recursos naturais intensificaram os desafios. O período também registrou uma elevação nos focos de incêndios florestais, o que agravou a perda de habitat e colocou em risco a sobrevivência dos primatas amazônicos.

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